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Novo presidente da Galp disposto "a dialogar" com ministro Moreira da Silva

O novo presidente da Galp, Gomes Silva, afirmou esta segunda-feira que não se reuniu com o ministro da Energia, Moreira da Silva, para falar sobre os diferendos entre o Governo e a empresa petrolífera, mas que está disposto "a dialogar".

Pedro Elias/Negócios
27 de Abril de 2015 às 17:39
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Carlos Gomes da Silva, que falava aos jornalistas na apresentação das contas do primeiro trimestre da Galp, disse que, "concorde ou não se concorde" com as medidas aplicadas pelo Governo à petrolífera, como a contribuição extraordinária que a empresa se recusa a pagar, "tem havido um princípio de cumprir o que é estabelecido".

 

Apesar disso, o novo presidente da Galp Energia, que recentemente substituiu Ferreira de Oliveira no cargo, criticou o Governo por não deixar que "a iniciativa privada funcione", principalmente na questão de impor às gasolineiras a introdução de combustível simples nas estações de serviço.

 

Para o presidente executivo da Galp, a empresa "tem pontos de vista diferentes", não para prejudicar alguém, mas "sempre no legítimo interesse" da petrolífera e dos seus accionistas.

 

Sobre a contribuição extraordinária sobre o sector energético, Carlos Gomes da Silva, alertou mais uma vez o Governo que "não faz sentido a refinaria de Sines pagar", até porque a Galp está exposta "ao mercado internacional e esta contribuição" retira competitividade.

 

O Governo alterou hoje o regime da contribuição extraordinária sobre o sector energético, acautelando que o eventual não pagamento pela Galp da contribuição extraordinária no gás natural não acresça nas tarifas pagas pelos consumidores.

 

Na lei hoje publicada em Diário da República, e que entra em vigor na terça-feira, o Parlamento altera a norma relativa aos ajustamentos tarifários prevista na Lei do Orçamento do Estado para 2014, que aprovou o regime que criou a contribuição extraordinária sobre o sector energético.

 

Na semana passada, na comissão parlamentar de Economia, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) esclareceu que o eventual não pagamento pela Galp da contribuição extraordinária do gás natural não punha em causa as tarifas do gás natural propostas aos consumidores, porque o regulador cativou 66 milhões de euros para a possibilidade de a Galp não devolver os benefícios com contratos 'take or pay' (que obrigam a comprar as quantidades acordadas de gás natural, independentemente de a respectiva necessidade ocorrer ou não).

 

As tarifas transitórias de gás natural devem baixar 3,9% em maio e sofrer nova queda de 3,5% em Julho, de acordo com a proposta tarifária do regulador, descidas possíveis devido à decisão do Governo que obriga a Galp a devolver cerca de 150 milhões de euros por ganhos em contratos de aquisição de gás com a Nigéria e a Argélia.

 

O resultado líquido da Galp Energia atingiu os 121 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, o que compara com 47 milhões registados no período homólogo de 2014.

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