A Gas Natural Fenosa registou lucros líquidos de 1.239 milhões de euros entre os meses de Janeiro e Setembro, o que se traduz em mais 10,6% do que no mesmo período do exercício anterior, segundo informou a empresa ao regulador do mercado espanhol (CNMV).

Segundo a nota, o resultado inclui as mais-valias provenientes da venda da GNF Telecomunicaciones por 252 milhões de euros, com o seu correspondente efeito fiscal. Sem esta mais-valia extraordinária o grupo teria registado um lucro liquido 2,6% inferior, devido aos impactos regulatórios do sector eléctrico espanhol e às depreciações das moedas, nomeadamente as latino-americanas.

A empresa presidida por Salvador Gabarró apresentou um EBITDA – resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações - de 3.606 milhões de euros, 2,3% menos do que no período homólogo. Esta descida deve-se, segundo a companhia, ao resultado de um "ambiente macroeconómico e regulatório exigente".

O impacto das depreciações das moedas no EBITDA do grupo superou em 80 milhões de euros o impacto que esta rubrica teve no ano passado, "devido, fundamentalmente, à depreciação do real brasileiro e do peso colombiano". Sem contar com estes impactos, o EBITDA deixaria de ser negativo e aumentaria em 4% para os 3.837 milhões.

O volume de negócio diminuiu 0,3% nos primeiros nove meses do ano, até 18.223 milhões de euros. Quanto à actividade internacional da Gas Natural Fenosa, esta representa 42,7% da totalidade do seus lucros, perante o 57,3% do seu negócio em Espanha.