A operação de fusão entre a Royal Dutch Shell e o BG Group tem impacto directo na Galp Energia, já que esta última é parceira da empresa portuguesa na exploração de petróleo no Brasil.

O bloco BM-S-11, detido em 10% pela Galp Energia, é um dos que tem maior potencial entre os que são detidos em parte pela empresa portuguesa no Brasil. A Petrobras é o operador deste bloco localizado na Bacia de Santos, com 65%, cabendo os restantes 25% ao BG Group.

Na bacia de Santos, que a Galp Energia classifica de "grande potencial exploratório" e onde estão localizados os campos de Lula, Iara e Iracema, a empresa portuguesa detém ainda participações noutros três blocos: BM-S-8 (14%), BM-S-21 (20%) e BM-S-24 (20%). Já o BG Group está também presente noutros blocos nesta região: BM-S-9 (30%) e BM-S-50 (20%).

A empresa britânica é ainda parceira da Galp na Bacia de Barreirinhas, com o consórcio que explora esta região a ser detido em 50% pelo BG Group, 40% pela Petrobras e 10% pela Galp Energia.

A Royal Dutch Shell acordou esta quarta-feira, 8 de Abril, a compra do BG Group por 47 mil milhões de libras (cerca de 64,2 mil milhões de euros) em dinheiro e acções, o que representa o maior negócio da indústria de gás e petróleo da última década, avança a Bloomberg.

Todo o sector petrolífero está a ser impulsionado por este negócio anunciado esta manhã, sendo que a Galp Energia segue a tendência, com as acções a dispararem 9,02% para 11,90 euros. O índice Stoxx Oil & Gas valoriza 5,24%, com as acções do BG Group a subirem 37,14%. A empresa portuguesa é a terceira que mais sobe neste índice.