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Galp pede a clientes que poupem no consumo de gás

A situação "está a provocar situações de bloqueio de viaturas de transporte de gás, impedindo o normal serviço de reabastecimento dos reservatórios e cabines de garrafas das urbanizações".

Pedro Elias
17 de Abril de 2019 às 14:55
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A Galp está a pedir aos clientes abastecidos por GPL que poupem no consumo de gás, devido à greve dos motoristas de matérias perigosas que decorre desde as 00:00 horas de segunda-feira.

 

Num 'e-mail', a Galp Gás, empresa do grupo Galp Energia, recomenda aos clientes "que adotem, com a maior brevidade, medidas mitigadoras de consumos de gás, por forma a aumentar a autonomia do parque de abastecimento" das urbanizações fornecidas pela empresa.

 

"Tal greve está a afetar de modo adverso o curso normal das nossas operações de fornecimento de GPL em garrafas e granel, nomeadamente para as urbanizações abastecidas por gás canalizado", revelou a Galp na mensagem enviada aos clientes.

 

De acordo com a empresa, a situação "está a provocar situações de bloqueio de viaturas de transporte de gás, impedindo o normal serviço de reabastecimento dos reservatórios e cabines de garrafas das urbanizações".

 

"Consequentemente, a greve poderá perturbar, enquanto força maior, a execução da relação comercial" que a Galp mantém com os clientes abastecidos por esta via, pode ler-se na mensagem.

 

A Galp garante ainda que, "logo que cesse este evento de força maior", procurará reforçar a sua atividade logística para, "no menor tempo possível", retomar os "normais fornecimentos de GPL".

 

A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.

 

Na segunda-feira, gerou-se a corrida aos postos de abastecimento de combustíveis, provocando o caos nas vias de trânsito. 

 

A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) informou hoje que não foi ainda retomado o abastecimento dos postos de combustível, apesar da requisição civil, e que já há marcas "praticamente" com a rede esgotada. 

 

O primeiro-ministro admitiu hoje alargar os serviços mínimos e adiantou que o abastecimento de combustível está "inteiramente assegurado" para aeroportos, forças de segurança e emergência.

 

Na terça-feira, alegando o não cumprimento dos serviços mínimos decretados, o Governo avançou com a requisição civil, definindo que até quinta-feira os trabalhadores a requisitar devem corresponder "aos que se disponibilizem para assegurar funções em serviços mínimos e, na sua ausência ou insuficiência, os que constem da escala de serviço".

 

No final da tarde de terça-feira, o Governo declarou a "situação de alerta" devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos e, numa reunião durante a noite com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o sindicato, foram definidos os serviços mínimos.

 

Militares da GNR estão de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível possam abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.

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