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EDP: Central de Sines pode "fechar bastante antes de 2025"

O aumento da carga fiscal sobre as centrais a carvão em Portugal pode levar a um encerramento prematuro de Sines.

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01 de Março de 2018 às 19:00
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A central a carvão de Sines tem operação prevista até 2025, mas a EDP pode decidir o seu encerramento antes desta data. A razão? O aumento da carga fiscal sobre as duas centrais a carvão em Portugal: a da EDP (Sines), e a do Pego (Trustnergy, um consórcio formado pela Engie, Marubeni e Endesa).

 

O Governo já anunciou que quer fechar as centrais a carvão até 2030, mas a EDP prevê um encerramento mais cedo, devido ao peso da carga fiscal


"Não temos nenhuma divergência sobre o encerramento das centrais nessa altura [2030]. Mas a grande questão é, e até lá? Até lá, são indispensáveis", começou por dizer António Mexia na conferência de imprensa de apresentação dos resultados esta quinta-feira, 1 de Março. "A central de Sines está no top 3 ao nível de eficiência na Península Ibérica", acrescentou.

 

"As medidas introduzidas de progressivas da taxação, vão levar ao encerramento antes do previsto da central de Sines", disse, referindo à taxa do carvão, que entrou em vigor este ano, e a taxação adicional sobre o carbono.

 

O presidente da EDP destacou o impacto negativo do fecho da central "na economia da região e no emprego". E também apontou para o "pequeno aumento do preço grossista da electricidade", pois a central de Sines vai ser "substituída por centrais mais caras e menos eficientes. As centrais a carvão em Espanha são menos eficientes que a nossa, o que colocará a segurança do abastecimento em Portugal".

 

"As centrais têm que estar prontas para arrancar e não estarem fechadas. Pode fechar bastante antes de 2025", afirmou sobre a central de Sines. "As centrais de carvão vão estar a pagar duas vezes o CO2, pagam na licença, e depois pagam o adicional. É uma situação algo injusta", comentou o administrador da EDP João Manso Neto.

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