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EDP planeia aumentar em 27,8% o investimento no Brasil este ano para 350 milhões

A EDP prevê aumentar o investimento no Brasil para 1,4 mil milhões de reais (350 milhões de euros) em 2018, um acréscimo de 27,8% face ao investido em 2017, informou hoje o presidente da EDP Brasil.

'A preocupação com a privacidade dos dados pessoais e com a segurança da informação não são temas novos na EDP. Ao longo dos últimos anos, fruto também da crescente digitalização e do aumento de volume da informação tratada, tem vindo a ser feito um esforço consistente no sentido de reforçar os procedimentos internos e a segurança dos sistemas de informação, incidindo principalmente nos dados pessoais dos clientes, colaboradores e outros terceiros. Ainda assim, a principal mudança introduzida pelo RGPD passa pelo princípio de responsabilidade proativa das empresas, o que levou a EDP a desenvolver, desde a publicação do regulamento e em todos os países europeus onde está presente, uma iniciativa transversal de modo a sistematizar a abordagem a este tema: por um lado com a identificação e organização dos dados que são tratados e com que finalidade, e por outro com a realização de uma análise de riscos dos tratamentos e sistemas de suporte com a correspondente definição de acções de melhoria. O plano de melhorias e adaptação ao RGPD implica um esforço significativo da organização no sentido de rever e ajustar alguns processos de negócio, uma sensibilização forte dos colaboradores e o desenvolvimento de um trabalho conjunto com os nossos parceiros de negócio e tecnológicos, com alguns investimentos significativos, nomeadamente ao nível dos sistemas de informação. 
O processo de adaptação na EDP tem três grandes vertentes: em primeiro lugar, o aprofundamento de políticas de grupo e o reforço de mecanismos de formação e sensibilização dos nossos colaboradores e parceiros; em segundo lugar a revisão de algumas actividades e processos de negócio, alinhada com a análise de riscos realizada; e por último, o reforço de mecanismos de segurança de informação.
Estas vertentes estão reflectidas no plano global de melhorias que tem vindo a ser implementado e monitorizado de muito perto. As iniciativas de negócio mais relevantes estão praticamente concluídas.
Mais importante que a nomeação formal de um encarregado de protecção de dados será garantir as condições para que este possa desempenhar de forma eficaz as funções que estão previstas no RGPD.
Neste sentido, considerando, por um lado, a complexidade e os requisitos da função e, por outro, a dimensão do grupo EDP - estão a ser avaliados os diferentes possíveis modelos de gestão e articulação que permitam ao encarregado de protecção de dados acompanhar e monitorizar de forma efectiva a gestão de dados pessoais no grupo. 
Até maio, será definido e implementado o modelo que se revele mais adequado e nomeado formalmente o Encarregado de Protecção de Dados da EDP.
O ponto de partida a este nível, em conjunto com o plano de adaptação que tem vindo a ser desenvolvido, permitirá à EDP estar preparada para a nova realidade do RGPD, reforçando em paralelo as relações de transparência e confiança com os clientes, colaboradores e com todos aqueles cujos dados podem ser tratados pela EDP.
A EDP hoje reconhece no RGPD não apenas um conjunto de obrigações a cumprir mas também uma oportunidade de obter uma vantagem competitiva, através de um compromisso renovado de confiança no relacionamento com os seus stakeholders. 
Um dos próximos desafios será a implementação na EDP de alguns requisitos do RGPD que possam vir ainda a ser concretizados ou aprofundados pela publicação da futura legislação nacional em matéria de protecção de dados.'
28 de Fevereiro de 2018 às 18:18
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"Num ano de alguma incerteza, que é o ano de 2018, nós vamos aumentar o nosso investimento total [no Brasil] que é de 1,1 mil milhões de reais (280 milhões de euros) para 1,4 mil milhões de reais (350 milhões de euros). Temos um plano anunciado ontem [terça-feira] de investir algo acima de 25% [no Brasil] face aquilo que investimos em 2017", afirmou Miguel Setas em conferência de imprensa.

 

Deste valor total, o executivo explicou que 630 milhões de reais (159 milhões de euros) serão investidos em projectos do segmento de distribuição de energia, que antes tinha previsão de investimento de 560 milhões de reais (141 milhões de euros).

 

O investimento previsto em distribuição será destinado a projectos nos estados de São Paulo e Espírito Santo, e também na compra de até 33,6% das Centrais Eléctricas de Santa Catarina (Celesc), companhia estatal com quem a EDP já tem parcerias.

 

Miguel Setas também salientou que a empresa deverá antecipar a operação de seu primeiro projecto do sector de transmissão de electricidade no país, em andamento no estado do Espírito Santo, que teve sua primeira fase antecipada em sete meses e deve entrar em operação no primeiro semestre 2019.

 

O presidente da EDP Brasil salientou ainda que o ano de 2017 "marcou o início de um novo ciclo de crescimento das operações [da empresa], reforçando o investimento em todos os segmentos da cadeia de valor e estendendo a nossa presença geográfica de 9 para 12 estados" do Brasil.

 

Num balanço divulgado na terça-feira à noite, a empresa anunciou um lucro de 611,9 milhões de reais (154,4 milhões de euros) no Brasil em 2017, uma redução de 8,2% face a 2016.

 

Segundo a eléctrica, este resultado decorre "principalmente em função da maior despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social e efeitos não recorrentes que contribuíram para o resultado do ano anterior".

 

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da EDP Brasil em 2017 aumentou 21,7% em relação a 2016, alcançando 2,1 mil milhões de reais (530 milhões de euros).

 

Já a dívida da companhia fechou o período em 4,45 mil milhões de reais (1,1 mil milhões de euros), uma subida de 25,4%, o que representa duas vezes a geração de caixa.

 

No balanço, a EDP Brasil frisou que este endividamento "permite a continuidade dos projectos da companhia com risco controlado. Foram captados 1,7 mil milhões de reais [430 milhões de euros], a um custo médio de 11,1% ao ano [no final de 2017]".

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