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Bruxelas quer lançar iniciativa industrial para a energia dos oceanos dentro de três anos

A Comissão Europeia anunciou a criação de uma plataforma de cooperação com o sector privado no domínio da energia dos oceanos, que deverá dar lugar, em 2017, a uma Iniciativa Industrial Europeia, que permita minimizar o risco dos investimentos em fontes como a energia das ondas e das marés, entre outras.

Miguel Baltazar/Negócios
20 de Janeiro de 2014 às 12:45
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A Comissão Europeia apresentou esta segunda-feira em Bruxelas um plano de acção para o desenvolvimento da energia dos oceanos, no qual se compromete a dinamizar um fórum de cooperação com os investidores privados durante os próximos dois anos, para em 2017 estar em condições de lançar uma iniciativa industrial nesta área, que permita acelerar os investimentos em tecnologias de exploração de energia “offshore”.

 

O plano de acção agora apresentado por Bruxelas terá duas etapas. Na primeira, de 2014 a 2016, será desenvolvido o “Ocean Energy Forum”, para debater, entre o sector público e privado, os problemas das diversas formas de energia oceânica e as soluções que poderão ser implementadas para tirar partido desses recursos. As discussões incidirão, genericamente, sobre as tecnologias, as questões administrativas e de financiamento e o ambiente.

 

Em resultado deste debate, deverá ser produzido, até ao final de 2016, um plano estratégico para a energia dos oceanos, definindo “metas claras para o desenvolvimento do sector, bem como um calendário para a sua concretização”, segundo se pode ler na comunicação da Comissão Europeia sobre este plano de acção.

 

A segunda etapa decorrerá de 2017 a 2020, prevendo o desenrolar de uma “Iniciativa Industrial Europeia” no domínio da energia dos oceanos, isto é, uma cooperação entre as entidades públicas e os investidores privados que permita melhorar a eficácia da inovação e diminuir o risco dos investimentos.

 

“Dado o estádio inicial de desenvolvimento das tecnologias de energia dos oceanos, a construção de parcerias público-privadas de grande escala pode ser um meio eficaz de partilhar risco e de alavancar o investimento privado”, sublinha a Comissão Europeia.

 

A Comissão irá proceder a uma primeira avaliação dos progressos feitos em 2017 e a uma análise aprofundada o mais tardar até 2020.

 

Segundo as informações divulgadas por Bruxelas, a energia dos oceanos poderá criar entre 10.500 e 26.500 empregos permanentes até 2035 e ainda 14 mil postos de trabalho temporários. Contudo, há algumas visões mais optimistas que indicam que só em França poderão ser criados 18 mil empregos nesta área até 2020 e que no Reino Unido o potencial é de 20 mil postos de trabalho até ao ano 2035.

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