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Transitários facturaram quase 1.500 milhões em 2015

As empresas transitárias portuguesas, que continuam a capitalizar o desígnio nacional das exportações, facturaram 1.475 milhões de euros no ano passado, mais 3,5% do que no ano anterior.

Pedro Elias
10 de Maio de 2016 às 13:25
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A evolução positiva do comércio externo português, a deslocalização produtiva e a crescente externalização das actividade logísticas das empresas portuguesas continuam a alavancar a actividade dos transitários nacionais, que fecharam o último exercício novamente em alta: facturaram em 2015 cerca de 1.475 milhões de euros, o que representa um crescimento de  3,5% em relação ao anterior e cerca de mais 85 milhões de euros do que há dois anos.

"A melhoria gradual da economia e o aumento das trocas comerciais com o exterior têm repercussões positivas na actividade das empresas transitárias a curto e médio prazo. Assim, em 2016 e 2017 as previsões apontam para que a tendência de crescimento da procura se mantenha", avança a Informa D&B no seu último estudo sobre o sector.

Apesar da evolução favorável das receitas das empresas que prestam serviços no transporte internacional de mercadorias, a mesma consultora ressalva que "é expectável uma elevada actividade concorrencial, em consequência do forte poder de negociação dos clientes, factor que dificulta o aumento significativo da rentabilidade das empresas", alerta a mesma fonte.

No final do ano passado, estavam inscritas no Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) 345 empresas com licença administrativa para o exercício da actividade transitária em Portugal, mais 23 do que em 2013. Porto e Lisboa concentram 80% do total de transitários existentes no país.

Segundo a D&B, a maioria dos operadores, cerca de 60%, tem menos de 10 trabalhadores, enquanto um terço emprega entre 11 e 50 trabalhadores.

Por outro lado, nota ainda a mesma consultora, a oferta do sector continua a caracterizar-se pelo seu alto grau de atomização, embora nos últimos anos apresente uma tendência de concentração empresarial. Em 2014, os cinco principais operadores detinham uma quota de mercado de 21%.

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