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Exportações de mercadorias caíram 2% no primeiro trimestre

As vendas de mercadorias caíram 2% no primeiro trimestre e as importações aumentaram 1%, dá conta o INE, que relata um mau particular desempenho no mês de Março.

Bruno Simão
10 de Maio de 2016 às 11:14
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As exportações de mercadorias caíram 2% em termos homólogos nos primeiros três meses do ano, enquanto as importações subiram 1%, relata o INE nos dados mensais sobre comércio internacional de bens publicados terça-feira, dia 10 de Maio. Com esta evolução a economia portuguesa registou um défice na balança comercial de mercadorias agravou-se 376 milhões de euros face a 2015, passando para os 2.424 milhões de euros - o que compara com um défice de 2.048  milhões registados no primeiro trimestre de 2015.

Os números do INE são significativamente afectados pelos preços, em particular dos combustíveis, e não incluem informação sobre exportações e importações de serviços, onde se inclui o turismo.

Segundo o instituto, excluindo combustíveis e lubrificantes, a variação homóloga das exportações no trimestre passa de uma queda de -2% para um aumento marginal de 0,1%. Do lado das importações o efeito é ainda mais significativo: o aumento de 1% escala para uma subida homóloga de 5,2% nos primeiros três meses do ano. Daqui resulta que a contabilidade entre compras e vendas ao exterior dita que, sem combustíveis, o défice comercial ter-se-ia agravado em 640 milhões de euros.

Em termos regionais, as exportações cresceram 3,5% para dentro da União Europeia nos primeiros três meses do ano, mas afundaram 16,9% para fora da UE, traduzindo maus resultados para Angola (-45%) e China (-32,9%). Do lado das importações, os maiores aumentos registaram-se nas compras a Angola (12,5%), a França (7%) e a Itália (4%).


Março correu mal

O desempenho externo da economia nacional no primeiro trimestre foi significativamente afectado pelo mau resultados do mês de Março, que registou quedas homólogas das exportações e importações de 3,9% e 0,8% respectivamente, o que resultou num défice comercial face ao exterior de perto de mil milhões de euros - o que compara com cerca de 900 milhões registados em 2015. 

O comércio para fora da UE (em particular para Angola), Espanha e Reino Unido também foram determinantes nos resultados mensais. "Em Março de 2016, em termos das variações homólogas mensais, as exportações diminuíram 3,9%, devido ao comportamento do comércio extra-União Europeia (-14,9%, -17,6% em fevereiro de 2016), dado
que as exportações Intra-União Europeia aumentaram (+0,3%, +7,4% em Fevereiro de 2016)", lê-se na nota do INE, que acrescenta: "As importações decresceram 0,8%, em resultado da evolução registada nas importações intra-UE (-1,3%, +5,4% em Fevereiro de 2016), já que no Comércio extra-UE se verificou um aumento (+1,1%, +2,3% em fevereiro de 2016)".

"Tendo em conta os principais mercados de destino das exportações nacionais em 2015, verificou-se que Angola (-46,4%) foi o país que mais contribuiu para a redução global das exportações em Março de 2016 face a Março de 2015", diz o INE, que por oposição destaca o acréscimo nas exportações para Espanha (+2,7%)". Do lado das importações "o contributo mais negativo foi dado pelas importações provenientes do Reino Unido, com uma variação de -23,8%, enquanto Angola registou o maior acréscimo (+30,4%)". 

(notícia em actualizada às 12:05)

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