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Argélia vale 58% das exportações portuguesas de cimento
As vendas de cimento em Portugal voltaram a crescer em 2015, após vários anos de fortes quedas, enquanto as exportações estabilizaram, com a Argélia a gerar 58% da facturação de 147 milhões de euros do sector no exterior.
"Após vários anos de fortes quedas, as vendas de cimento e de betão pronto registaram, em 2015, alguma recuperação", começa por destacar a Informa D&B num comunicado sobre as conclusões do seu estudo sobre o sector.
Um resultado que não surpreende, depois de se saber que o sector português da construção encerrou 2015 com uma evolução positiva (aumento de 3% do valor bruto de produção), invertendo a tendência após 13 anos de quebras.
De acordo com o estudo da D&B, as vendas de cimento no mercado interno situaram-se em 2,6 milhões de toneladas, mais 6,3% do que no ano anterior, mas ainda longe dos cerca de 11 milhões de toneladas registados no ano de 2011. Em valor, o mercado aumentou 10 milhões de euros, atingindo os 220 milhões.
Já as exportações mantiveram-se estáveis em 2015, a rondarem os 147 milhões de euros. Os destinos do cimento português foram sobretudo os mercados do Magrebe e Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
"Importa destacar especialmente o caso da Argélia, que reuniu 58% do volume total exportado em 2015", realça a D&B.
Em Portugal operam três empresas produtoras de cimento de ciclo completo, num total de seis fábricas – duas no distrito de Leiria e as restantes nos de Coimbra, Lisboa, Setúbal e Faro.
Relativamente ao sector de betão pronto, o estudo da mesma consultora avança que em 2015 se produziram perto de três milhões de metros cúbicos, o que traduz um crescimento de 7,1% face ao exercício anterior, para uma facturação de 170 milhões de euros.
Segundo os últimos números da D&B, em 2013 operavam em Portugal 225 centros produtivos de betão pronto, menos 45 do que no ano anterior e menos 90 do que em 2008. Existem pólos produtivos de betão em todos os distritos portugueses.