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Construção cresce em 2015 depois de 13 anos de quedas

Todos os segmentos da construção registaram no ano passado uma evolução positiva, permitindo um aumento de 0,6% do emprego no sector e de 6,9% do consumo de cimento. Em 2016, as perspectivas apontam para um crescimento de 2,5%.

Krisztian Bocsi / Bloomberg
15 de Março de 2016 às 15:42
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Após 13 anos de quebras consecutivas, o sector da construção registou em 2015 uma inversão da tendência, avança a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (Fepicop), na mais recente análise de conjuntura.

A federação revela que em 2015 se verificou um crescimento de 3% do valor bruto de produção do sector da construção, "em resultado da evolução positiva de todos os seus segmentos de actividade". No segmento da construção residencial o acréscimo foi de 5%, no da construção de edifícios não residenciais de 5,1% e nos trabalhos de engenharia civil de 1%.

De acordo com a Fepicop, "a evolução positiva do sector da construção em 2015, que se segue a 13 anos consecutivos de quebras do seu volume de produção, reflectiu-se nos crescimentos de 4,1% do investimento em construção e de 3,7% do VAB das empresas de construção".

O emprego, refere ainda a federação, acompanhou o aumento da produção, com um crescimento de 0,6% em 2015, para os 277,5 mil trabalhadores. O número de desempregados do sector diminuiu, por seu lado, 17%. Já o consumo de cimento registou uma subida de 6,9%.

Segundo explica a Fepicop, o desempenho positivo do sector "assentou no forte dinamismo do segmento imobiliário, resultante do aumento da procura, particularmente a oriunda do exterior".

Em termos de transacções imobiliárias, a federação sublinha que no mercado residencial registou-se um aumento de 74% do montante das novas operações de crédito para aquisição de habitação.

Relativamente à construção nova de habitação, verificou-se um acréscimo de 19% do licenciamento, o que acontece "após 15 anos consecutivos de redução no número de fogos licenciados", frisa a Fepicop.


Já o mercado das obras públicas, reflectindo a política orçamental restritiva e a redução do investimento público, manteve-se em declínio, com quebras de 37% no valor dos contratos de empreitadas de obras públicas e de 19% no montante de obras postas a concurso.

Para 2016, a federação do sector antecipa "uma evolução positiva, mas mais moderada do que em 2015, do nível de actividade da construção, que poderá crescer 2,5%".

Como refere na análise de conjuntura de Março, é esperado que este ano o segmento residencial registe a evolução mais positiva, crescendo 4%, enquanto a engenharia civil deverá registar uma evolução mais moderada, na ordem dos 1,5%. A construção não residencial, por seu lado, deverá crescer em torno dos 3,1%. 

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