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Exportações crescem apenas 0,8% em Fevereiro

As exportações portuguesas de bens avançaram apenas 0,8% em Fevereiro face ao mesmo mês de 2015, enquanto as importações aumentaram 5,3%. Segundo os dados do INE, o défice da balança comercial agravou-se 206 milhões de euros.

Bruno Simão
08 de Abril de 2016 às 11:06
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As saídas de mercadorias avançaram 0,8% em Fevereiro em comparação com o período homólogo, depois de terem caído 2,4% no mês anterior. O principal responsável por este regresso, ainda que débil, ao crescimento foi o comércio com países da União Europeia, para onde as exportações cresceram 7,2%, enquanto a venda de bens para fora da UE contraiu 17,6% no mesmo mês.

 

Os dados de comércio internacional foram publicados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). França e Espanha foram os países que mais contribuíram para a variação positiva em Fevereiro deste ano, com aumentos homólogos de 13,3% e 3,4%, respectivamente. Por outro lado, três países destacaram-se pela negativa: China, Angola e Estados Unidos. No caso dos dois primeiros países, as crises internas que enfrentam terão influência nas compras que fazem, tendo Portugal vendido menos 56,1% e 43,3% a cada um deles, respectivamente. Esta contracção foi tão significativa que foi suficiente para atirar a China para fora do "top 10" dos maiores clientes das empresas portuguesas, tendo sido substituída por Marrocos.

 

Entre os principais produtos vendidos ao estrangeiro, em Fevereiro destacou-se o crescimento dos bens de consumo, fornecimentos industriais e material de transporte e acessórios.

 

No que diz respeito a importações, registou-se em Fevereiro um crescimento superior às exportações, tendo avançado 5,3%, depois de terem caído 1,4% em Janeiro. Um resultado conseguido devido ao contributo das compras a países do espaço comunitário, que cresceram 6,1%.

 

A compra de material de transporte cresceu 21,9%, o que contrastou com uma contracção de 16,3% dos combustíveis, uma variação que estará influenciada pelo preço do barril de petróleo, que continua em níveis muito baixos, em comparação com os últimos anos. Espanha (7,3%), Alemanha (6,9%) e Reino Unido (18,4%) foram os três países que mais contribuíram para a evolução geral das importações em Fevereiro.

 

Entre exportações e importações, o défice da balança comercial portuguesa agravou-se 206 milhões de euros em Fevereiro.

 

Se excluíssemos os combustíveis das compras e das vendas, uma vez que é um activo com preço mais volátil, as exportações teriam crescido 2,9% e as importações 7,7%. O agravamento do défice da balança comercial seria semelhante (204 milhões de euros).


(Notícia actualizada às 11h32)
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