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Tomás Correia recusa sair do Montepio: "não podemos ceder ao facilitismo"

O líder da associação mutualista do Montepio diz que o conselho geral decidiu que a sua saída do cargo "não faria sentido".

Miguel Baltazar/Negócios
14 de Março de 2017 às 16:14
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O presidente da administração da associação mutualista do Montepio considera que não tem de sair do cargo apesar de ser arguido em duas investigações judiciais pelas funções quando era presidente da Caixa Económica, detida pela Associação.

 

"Não podemos ceder ao facilitismo de quem utiliza determinados expedientes para atingir determinados fins", declarou Tomás Correia na conferência de imprensa que quis marcar para esta terça-feira, 14 de Março, para reagir à notícia do Público que revela que o grupo Montepio, nas contas consolidadas, tinha capitais próprios negativos de 107 milhões de euros em 2015.

 

Tomás Correia defende que foi reeleito no final do ano passado para o cargo, pelo que tem de cumprir esse dever perante os 632 mil associados da mutualista. Além disso, o gestor diz que também se explicou ao conselho geral sobre os processos e que foi decidido que "não faria sentido" sair de funções.

 

O líder da mutualista considera que a constituição de arguido é algo "maltratado" em Portugal porque, diz, serve para proteger quem é visado dos que o que acusam.

 

"Não contam comigo para ceder a esse tipo de chantagem", referiu.

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