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Montepio com novo accionista? "Não tenho o dom da adivinhação", diz Tomás Correia
António Tomás Correia defende que, para já, não há qualquer plano para a abertura do capital da caixa económica do Montepio. Mas qualquer novo accionista dependerá sempre da luz verde da dona, a associação mutualista.
A caixa económica do Montepio não está a abrir o seu capital. A garantia é do presidente da dona do banco, a associação mutualista. No futuro, não há certezas.
"Não tenho o dom da adivinhação", ressalvou António Tomás Correia na conferência de imprensa que marcou depois da notícia do Público que indica que as contas consolidadas do grupo mostram capitais próprios negativos de 107 milhões de euros.
Tomás Correia deixou uma garantia: "O que posso dizer é que novos accionistas ou parceiros dependem da vontade e do querer da associação mutualista".
A caixa económica do Montepio está em processo de transformação em sociedade anónima, o que faz com que o capital possa vir a ser alienado. O regime jurídico das caixas económicas abre a porta a que entrem accionistas desde que a mutualista mantenha a maioria do capital.
O presidente da associação adianta que o tema "nunca" foi discutido mas admitiu que "pode" sê-lo. Tomás Correia admitiu que, havendo uma uma oportunidade de organização na economia social, poderá ser repensada essa questão, dizendo contudo que não há nada em cima da mesa.