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Tomás Correia: "A palavra que mais me chocou foi a questão da falência"
A associação mutualista do Montepio marcou uma conferência de imprensa para esta terça-feira para contestar a notícia do Público que dá conta da auditoria da KPMG às contas consolidadas.
O Montepio está "chocado" com a associação da sua situação financeira a uma possível falência. "A palavra que mais me chocou com a leitura da imprensa desta manhã foi a questão da falência", disse António Tomás Correia (na foto) esta terça-feira, 14 de Março.
A associação mutualista Montepio Geral, dona da caixa económica com o mesmo nome e do grupo segurador Lusitânia, convocou uma conferência de imprensa depois da notícia do Público que dá conta da auditoria feita pela KPMG às contas consolidadas de 2015 e que fala num desequilíbrio patrimonial negativo (capitais próprios negativos de 107 milhões de euros).
Segundo Tomás Correia, a situação patrimonial não corresponde a qualquer falência, pelo que a eventual ligação a essa possibilidade "não corresponde à realidade".
Em causa estão as contas consolidadas de 2015 (em que não só se junta os balanços da associação mas também de todas as participadas) que ainda não foram reveladas publicamente. Só as individuais é que foram publicadas no ano passado, sendo que também já são reveladas as de 2016 (com lucros de 7 milhões de euros).
"As contas consolidadas são ou não hábeis para avaliar situação patrimonial da própria associação mutualista. Não são hábeis para esse efeito. As individuais, essas sim, são para ver se uma organização mutualista, uma IPSS, tem uma base de capital que sustente as suas actividades", declarou Tomás Correia.
O presidente da mutualista, que é arguido em dois processos judiciais por conta da sua presidência da caixa económica do Montepio, defende que o balanço cumpre totalmente as responsabilidades assumidas pela associação.