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Presidente da CMVM: “Não há acção especial” sobre o Montepio

Gabriela Figueiredo Dias afirma que o Montepio Geral está a merecer da CMVM a mesma atenção que é dada às restantes situações de supervisão.

Miguel Baltazar / Negócios
14 de Março de 2017 às 20:30
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A presidente da CMVM, Gabriela Figueiredo Dias, afirma que "não há uma reactividade especial" da parte do supervisor em relação ao Montepio Geral, na sequência das notícias que dão conta de debilidades na instituição.

Em declarações ao Negócios, à margem da assinatura de um protocolo de desenvolvimento da tecnologia "blockchain" que decorreu esta terça-feira na sede da associação portuguesa de fundos, a líder do supervisor afirmou que ao Montepio "está a ser dada a mesma atenção que a todas as outras situações que justificam a supervisão" da CMVM.


Questionada sobre se o supervisor estava a desenvolver alguma acção especial, Gabriela Figueiredo dias afirmou que "não há uma reactividade especial. Não há uma acção especial".


Nos últimos dias foram publicadas notícias que põe em causa a saúde financeira da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) e da Associação Mutualista. O Expresso divulgou no sábado o conteúdo de um relatório do Banco de Portugal relativo ao exercício de 2016 onde se afirma que a CEMG apresenta "um perfil de risco elevado" e que ocorreu "uma consistente degradação da qualidade da carteira [de crédito] dos clientes".


Esta terça-feira o Público noticiou que as contas consolidadas da Mutualista referentes a 2015 apresentam capitais próprios negativos de 107 milhões de euros. O seu presidente, Tomás Correia, contrapôs esta terça-feira que "as contas consolidadas são ou não hábeis para avaliar situação patrimonial da própria associação mutualista. Não são hábeis para esse efeito. As individuais, essas sim, são para ver se uma organização mutualista, uma IPSS, tem uma base de capital que sustente as suas actividades", declarou Tomás Correia.


O Montepio tem vários instrumentos admitidos no mercado de capitais português, e um deles está até no PSI-20. São as unidades de participação no fundo da Caixa Económica, emitidas para reforçar o capital da instituição, colocadas junto dos investidores particulares em duas fases (Dezembro de 2013 e Junho de 2015).

Uma solução criticada em 2015 pelo anterior presidente da CMVM. "Quando aprovámos aquele instrumento, aprovámos com muitas reservas. Era um instrumento que tinha que ser bem explicado e relativamente ao qual os subscritores não podiam ter dúvidas", disse Carlos Tavares aos deputados, quando questionado na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.

Os títulos foram subscritos por 1,00 euro. Ao fim da sessão de hoje valiam 0,411 euros.
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