O accionista Estado reduziu, em 2008, os encargos com os salários pagos às administrações do seu sector empresarial. Em média, cada administração deste universo de empresas recebeu um bolo salarial anual de 344.252 euros, valor que no ano anterior ascendia a 349 mil euros.

Este recuo, que traduz uma redução salarial média de cinco mil euros anuais por empresa, contrasta com a anterior subida. É que entre 2006 e 2007 os encargos do Sector Empresarial do Estado (SEE) com a remuneração dos conselhos de administração das suas empresas cresceram 32%.

O relatório do SEE relativo ao último ano foi ontem apresentado por Carlos Costa Pina, secretário de Estado do Tesouro e das Finanças. O documento não desagrega remunerações fixas e variáveis, mas de acordo com Costa Pina a redução salarial ficou, em alguns casos, a dever-se a uma descida nos valores fixos.

Se à remuneração dos administradores forem somadas regalias e encargos com benefícios sociais pagos a estes administradores, a redução do bolo salarial é ainda maior. Feitas as contas com todas estas rubricas incluídas, a média despendida por empresa foi alvo de um corte na ordem dos 26 mil euros anuais.