O SairGroup, depois de ter anunciado que não vai participar no capital da TAP, vai garantir um financiamento de 40 milhões de euros (8 milhões de contos) para a transportadora aérea, disse hoje Jorge Coelho.

«O SairGroup compromete-se a garantir em tempo útil, junto dos bancos, as operações financeiras necessárias, a normalizar a tesouraria da TAP, no montante aproximadamente de 8 milhões de contos, bem como o refinanciamento de uma aeronave Airbus 310, para que o processo de reestruturação da empresa continue e se consolide», adiantou o ministro em conferência de imprensa.

«O montante do refinanciamneto do AirBus 310 deverá rondar cerca de cinco milhões de contos», revelou o administrador delegado da TAP, Fernando Pinto, ao Canal de negócios.

«O SairGroup detém uma empresa de leasing que financiará a compra do Airbus», acrescentou Fernando Pinto.

«A parte operacional da TAP, no curto prazo, fica viabilizada com este empréstimo. A TAP têm “cash flow” suficiente para, posteriormente, fazer face ao pagamento do empréstimo em causa», acrescentou o presidente da TAP.

O ministro do Equipamento Social afirmou também que a viabilização da empresa, com este acordo, está assegurada este ano, para posteriormente «arrancar» com o plano de reestruturação da empresa.

A viabilidade da empresa, no curto prezo, estava dependente deste empréstimo de curto prazo, que a companhia suíça garantiu hoje assegurar.

«Com esta medida o Sair Group assegura a viabilização da TAP este ano», acrescentou Jorge Coelho.

«As duas partes manterão contactos para determinar o montante da compensação financeira resultante da decisão do SairGroup de se retirar do processo de privatização do capital da TAP», acrescentou.

Jorge Coelho, no entanto, não quantificou este montante. No comunicado que emitiu, o SairGroup garantiu que não teria de pagar qualquer compensação.

«Espero que este acordo seja amigável, mas caso não seja, haverá mecanismos para ressarcir da dívida», garantiu Jorge Coelho.

«Espero que a TAP seja rentável dentro de 3 anos», disse Jorge Coelho, garantindo que para já não existirão despedimentos e salários em atraso.

A TAP vai imediatamente tomar medidas para que este processo de transição clarifique os interesses da empresa, garantindo de imediato o controle dos mercados da Bélgica, Suíça e da Escadinávia, bem como tomar outras medidas.

«Vamos discutir, falar, trabalhar criar condições para a TAP entrar numa nova aliança e para que o processo de reestruturação e recuperação que está em curso possa continuar a ser prosseguido» acrescentou Jorge Coelho.