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Reino Unido diz que Pfizer não pode encarar o país como paraíso fiscal
Críticas às intenções da Pfizer no negócio com a AstraZeneca vêm de diferentes sectores. No Parlamento Inglês há quem peça o bloqueio do negócio, apesar das limitações da legislação.
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“Vemos o futuro do Reino Unido como uma economia sábia, não como um paraíso fiscal”, ressalvou ontem o secretário de Estado para os Negócios, Vince Cable, ao Parlamento inglês. Em cima da mesa estava um esclarecimento sobre o estado das negociações entre a Pfizer e a AstraZeneca.
Vince Cable revelou que, perante a proposta de cerca de 77 mil milhões de euros da Pfizer, o executivo britânico quer assegurar que a decisão não é tomada de ânimo leve, uma vez que representa um grande impacto na ciência, investigação e emprego daquele país.
Contudo, em resposta aos pedidos de bloqueio do negócio feitos pelos deputados ingleses, Cable esclareceu que existem “restrições legais muito fortes”. Isto porque a prova de interesse público, que dá o poder de intervir num número muito reduzido de aquisições e fusões, não está prevista para o sector farmacêutico.
Outras críticas ao negócio
Na passada terça-feira, 6 de Maio, o ex-presidente-executivo da AstraZeneca, David Barnes, também mostrou preocupação quanto ao eventual avanço do negócio da AstraZeneca com a Pfizer.
À BBC, Barnes afirmou temer que a Pfizer “chupasse o sangue [da AstraZeneca] como um louva-a-deus”, acrescentando que as taxas são um dos principais impulsionadores da empresa americana.
A 2 de Maio, a Pfizer apresentou uma proposta de 77 milhões de euros pela compra da AstraZeneca, que recusou a oferta. Se o acordo fosse em frente seria o maior da história do Reino Unido.