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"Bravos gladiadores" que andavam mais rápido do que o País
Foi uma década efervescente para os quadros que viveram os anos 80 na Sonae. O crescimento da empresa estava ao rubro e Sonae parecia não ter limites. Em ambição, projectos, e trabalho. O seu ritmo não se compadecia com o do País. "Tivemos que desbravar caminho".
18 de Agosto de 2009 às 00:01
Foi uma década efervescente para os quadros que viveram os anos 80 na Sonae. O crescimento da empresa estava ao rubro e Sonae parecia não ter limites. Em ambição, projectos, e trabalho. O seu ritmo não se compadecia com o do País. "Tivemos que desbravar caminho".
Nas viagens de comboio de regresso a casa e, pelo nível de olheiras, percebia-se quem tinha estado reunido com Belmiro nesse dia. "O homem matou-me", desabafava-se entre colegas.
Álvaro Monteiro, hoje professor universitário, chegou à Sonae em 1986 como assessor de Joaquim Reis e Fernando Carvalho, então vice-presidentes. Trazia no currículo um MBA e vinha "espicaçado pelas ideias anglo-saxónicas de gestão". A empresa estava ao rubro e atravessava um dos seus períodos de maior crescimento. Meses antes, tinha aberto portas o primeiro hipermercado Continente, em Matosinhos.
Nas viagens de comboio de regresso a casa e, pelo nível de olheiras, percebia-se quem tinha estado reunido com Belmiro nesse dia. "O homem matou-me", desabafava-se entre colegas.