A PT Multimédia está a negociar uma linha de crédito com várias instituições financeiras, com vista a arrecadar entre 150 a 200 milhões de euros para financiamento do ciclo de exploração e para pagar dívida à Portugal Telecom. A empresa contratou a Morgan Stanley e a UBS para assessorar o "spin off".

A PT Multimédia [PTM] está actualmente a negociar facilidades de crédito com "várias instituições financeiras" com o objectivo de embolsar cerca de 150 a 200 milhões de euros.

Esta verba servirá para financiar o fundo de maneio e para pagar dívida Portugal Telecom [PTC].

Enquanto pertencia ao grupo PT, a PTM recorria à tesouraria da PT para financiar algumas das necessidades de financiamento. Com a separação, a Multimédia terá de reembolsar a PT pelo valor acumulado do dinheiro que foi sendo utilizado da tesouraria.

A PT controla 58,43% do capital da PTM, mas no início de Novembro vai distribuir essas acções aos seus accionistas, passando a PTM a funcionar como uma empresa autónoma.

Esta informação consta de um documento que a PT publicou no "site" da Securities and Exchange Commission (SEC), onde alerta para os riscos do "spin off".

Nesta operação de cisão ou de "spin off", e segundo a mesma fonte, a empresa liderada por Rodrigo Costa contratou os serviços de assessoria da Morgan Stanley e da UBS, que vão receber uma comissão pelos serviços prestados.

Estes dois bancos de investimento foram os mesmos que ajudaram a montar a defesa da PTM na OPA lançada em Fevereiro de 2006 pela Sonae SGPS e pela Sonaecom.

No documento à SEC, a PT esclarece ainda que a PT Multimédia não planeia ter um plano próprio de reforma para os seus trabalhadores, e que estes "vão deixar de beneficiar do fundo de pensões da Portugal Telecom".

No âmbito do "spin off", houve uma transferência de alguns trabalhadores entre as duas empresas.

As acções da PT [ptc] fecharam estáveis nos 10,40 euros e a PTM [ptm] subiu 0,68% para os 10,30 euros.