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Prisa pode ficar com 45% a 46,32% da Media Capital (act.)

A Prisa fez um acordo com os accionistas de referência da Media Capital (MC), tal como noticiou em primeira-mão o Jornal de Negócios, tendo os espanhóis a opção de controlar 45% a 46,32% do capital da dona da TVI. A contrapartida para os accionistas terá

22 de Julho de 2005 às 11:29
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A Prisa fez um acordo com os accionistas de referência da Media Capital (MC), tal como noticiou em primeira-mão o Jornal de Negócios, tendo os espanhóis a opção de controlar 45% a 46,32% do capital da dona da TVI. A contrapartida para os accionistas terá um valor máximo de 313,7 milhões. Uma das opções de venda tem implícito um «strike» (preço de exercício) de 7,03 euros.

O grupo espanhol Prisa estabeleceu uma série de acordos com os accionistas da Media Capital [MCP] que lhe permite vir a controlar 45% a 46,32% do capital da dona da TVI, segundo um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Esta possibilidade já tinha sido avançada ontem pelo Jornal de Negócios.

As acções da Media Capital, em reacção a estes acordos, chegaram esta manhã a registar uma valorização máxima de 6,98% para os 6,90 euros, e seguiam nesta altura com um ganho de 4,5% para os 6,74 euros.

Em Espanha, as acções da Prisa caiam 0,25% para os 15,62 euros.

Direitos de preferência atribuídos à Prisa

Miguel Pais do Amaral, a Courical Holding e a Berggruen Holdings atribuem à Prisa um direito de preferência para a compra de 100% da Vertix.

A Vertix é titular de 24.072.813 acções da MC, representativas de 28,48% da sociedade. O acordo parassocial com vários accionistas da Media Capital e os direitos de opção de compra sobre acções detida pela CGD, Fidelidade e BES garantem ainda à Vertix o controlo de 12,26% da MCP. No total, é-lhe imputado 40,74%.

Miguel Pais do Amaral, a Courical, a Berggruen Holdings e a Partrouge atribuem ainda à Prisa um direito de preferência relativo à compra de um máximo de 13,32% do capital da MC «de que são ou venham a tornar-se titulares».

Contrapartidas recebidas pelos accionistas da Media Capital

Miguel Pais do Amaral, a Courical e a Berggruen Holdings ficam com uma opção de vender a Vertix, num prazo entre 3 e 6 meses.

O exercício desta opção só será exercido se, na data de um eventual exercício da opção, a Vertix ser titular de 33% (mas não mais de 33%) do capital e dos direitos de votos de Media Capital.

Este item dá a entender que a Vertix, que controla 40,74% da MC, terá de se desfazer de cerca de 8% da MC.

A contrapartida paga pela Prisa será de 189.559.467 euros, preço que será ajustado ao nível da dívida da Vertix, bem como a entrega aos vendedores de 24% da Prisa División Internacional (filial da Prisa que agrupa os actuais investimentos em meios de comunicação de âmbito internacional).

Após comprar os 24% da Prisa División Internacional, os accionistas da MC ficam com o direito de vender esta posição à Prisa por um preço de 45 milhões de euros.

Estes accionistas da MC têm ainda uma opção de venda de um mínimo de 12% e um máximo de 13,32% do capital da MC, «de que são ou venham a tornar-se titulares». Esta opção só é válida se a Prisa comprar a Vertix.

Em caso de exercício desta opção de venda, a Prisa pagará como contrapartida 71.278.077 ou 79.118.662 euros, consoante a posição a ser comprada de 12% ou 13,32%.

Estas duas últimas opções têm implícito um «strike» de 7,03 euros, valor que corresponde ao máximo histórico fixado pelas acções a 4 de Julho.

No total, os accionistas da MC podem receber um máximo de 313,7 milhões de euros (189,6 milhões pagos pela Vertiz, mais os 45 milhões de euros se alienarem a Prisa División Internacional e ainda 79,1 milhões de euros se alienarem

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