A CEV Biotecnologia das Plantas, primeira empresa a nascer no âmbito do programa Cohitec 2, receberá um investimento de 12,4 milhões de euros, que será aplicado ao longo dos próximos três anos à medida que a ‘start-up’ for concretizando as suas metas.

A CEV resulta do projecto Problad, desenvolvido por investigadores do Instituto Superior de Agronomia, tendo como accionistas a Cofina, a Change Partners e o grupo Promotor, conforme avançou o Jornal de Negócios na passada segunda-feira.

"Planeámos a entrada dos fundos à medida que for concretizado o projecto", explicou hoje o ‘chairman’ da Cofina, Paulo Fernandes, na apresentação da CEV, durante a sessão de encerramento desta edição do Cohitec, uma iniciativa da associação empresarial Cotec e da Fundação Luso-Americana.

O primeiro projecto da CEV, o Problad, assenta na produção de uma solução para produtores agrícolas a partir de uma proteína do tremoço. De acordo com a apresentação feita por Sara Monteiro, que integra a comissão executiva da nova empresa, os testes feitos no ano passado e este ano apontam para uma eficácia superior à dos fungicidas químicos.

O produto desenvolvido pela CEV permite combater os fungos que estragam algumas culturas, entre as quais a vinha e o morangueiro.

Para Sara Monteiro, a participação do Problad no Cohitec, que conduziu à criação da empresa CEV, foi positiva. "Vimos reduzidos os riscos e a nossa propriedade intelectual ser valorizada", afirmou.