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Pires de Lima: "O maior favor que podemos fazer à PT" é evitar interferências políticas

O ministro da Economia defendeu que a empresa precisa de um "accionista privado", resultante de um processo que espera "competitivo e transparente".

Bruno Simão/Negócios
06 de Novembro de 2014 às 16:17
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O ministro da Economia, António Pires de Lima, defendeu esta quinta-feira, 6 de Novembro, que "o maior favor que podemos fazer à PT" é evitar novas interferências políticas na empresa.

 

"O maior favor que podemos fazer à PT é não ter mais secretários de Estado ou ministros ou primeiros-ministros com a mania que são também administradores ou gestores da PT, metendo o nariz onde não são chamados", afirmou.

 

"Sobre esta matéria, é mesmo importante virar a página", acrescentou face aos pedidos que têm chegado para que o Governo intervenha na PT. O ministro lamentou ainda que a empresa valha "menos 10 mil milhões de euros do que em 2006", "10 mil milhões de euros de destruição de valor".

 

Na Assembleia da República, reforçou que as interferências políticas e de outros interesses privados conduziram a um "dirigismo nefasto, perverso e que se deve evitar" e que levou a empresa a "escolhas erradas", como a que diz respeito ao compromisso de dívida emitido junto da Rioforte.

 

"A empresa precisa de um accionista privado, com poder de capital, para a poder fazer crescer e desenvolver", defendeu. Caso a venda seja levada em frente, Pires de Lima espera um processo "competitivo e transparente", em que a empresa seja "altamente valorizada".

 

Durante a audição da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2015, o ministro assegurou que o Governo está "a acompanhar" a situação da PT.

 

No início do seu discurso, Pires de Lima salientou que o Governo tem procurado demarcar-se dos "casos inexplicáveis" do Banco Espírito Santo e da PT, que "criaram algumas dificuldades na imagem do país". "Estas adversidades deixam alguma mossa", admitiu.

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