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Patrões do Norte exigem accionistas “verdadeiramente estratégicos” para o Novo Banco
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) manifesta “preocupação pela indeterminação” que rodeia o futuro do Novo Banco, instando o Governo a firmar “uma solução que promova accionistas verdadeiramente estratégicos, em detrimento de uma solução de curto prazo”.
Os patrões do Norte manifestam "preocupação pela indeterminação que rodeia o importante processo de alienação do Novo Banco, num contexto que se caracteriza por diversas incertezas e problemas do sistema financeiro português", sublinha a Associação Empresarial de Portugal (AEP), em comunicado enviado às redacções.
Assinado pelo seu presidente, Paulo Nunes de Almeida, a associação sediada no Porto realça, ainda, "a preocupação relativa à decisão que irá ser tomada", entendendo a AEP que "deverá ser privilegiada uma solução que promova accionistas verdadeiramente estratégicos, com a inerente estabilidade de médio e longo prazo".
Isto "em detrimento de uma solução de curto prazo, a qual poderia trazer efeitos profundamente nefastos ao nível do financiamento da actividade económica, em particular do tecido empresarial, domínio em que o Novo Banco tem presença com algum relevo", nota a mesma organização empresarial.
"No quadro do necessário e urgente relançamento do investimento empresarial e do incontornável apoio à internacionalização das empresas", defende a AEP, "importa assegurar que a decisão que vier a ser tomada não coloque em causa o que foi uma das razões invocadas para a aplicação da medida de resolução, deliberada pelo Banco de Portugal em 3 de Agosto de 2014", a qual enfatiza "a relevância da instituição no conjunto do sistema bancário e no financiamento da economia".
"Os grandes motores do crescimento económico – investimento e exportações –, onde o protagonismo das empresas é evidente, exigem uma resposta adequada ao nível do seu financiamento, assegurado, em grande parte, pelo sistema financeiro", conclui a associação liderada por Nunes de Almeida.