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CDS: “Querem o Novo Banco nacionalizado para quê?”
“Não alinhamos nesta estratégia totalmente suicida”, lançou o deputado João Almeida para o PS. O centrista defende que a posição socialista poderá “custar milhares de milhões aos portugueses”.
O CDS tem duas perguntas para os partidos de esquerda que sustentam o Governo e que defendem ou mostram abertura à nacionalização do Novo Banco. "Querem o Novo Banco nacionalizado para quê?" "Distinguido da CGD no quê?".
Dizendo que estas são as perguntas que não estão a ser respondidas por quem defende a nacionalização, João Almeida centrou a sua intervenção, no debate sobre a instituição financeira que não estava agendado mas que foi marcado pelo PSD, BE e PCP, no ataque à actual posição do PS, que não retirou a nacionalização de cima da mesa ao mesmo tempo que lidera o processo de venda do Novo Banco.
"Não se compreende que quem tem a responsabilidade no Governo assuma uma posição [de venda do Novo Banco] e que, no silêncio, queira que a nacionalização se concretize", atirou o deputado centrista no debate desta quinta-feira, 12 de Janeiro.
Segundo João Almeida, esta abertura do Governo à nacionalização, uma hipótese que o ministro das Finanças Mário Centeno assumiu, "pode custar milhares de milhões aos portugueses". "E é totalmente irresponsável".
"Nós não alinhamos nesta estratégia totalmente suicida e irresponsável. Se escolheu manter o processo de venda, então que corra bem, que se analisem as propostas, que se escolha a melhor para o país, que não se embarque num chorrilho [de declarações] que só podem prejudicar o processo", defendeu o deputado do CDS.
O Novo Banco está em processo de venda com o Banco de Portugal e o Governo em negociações com os fundos de investimento Lone Star e Apollo/Centerbridge mas o tema da nacionalização tem vindo a ganhar adeptos não só à esquerda como também à direita. O PSD, o BE e o PCP quiseram alterar a agenda do dia do plenário desta quinta-feira e trouxeram o assunto Novo Banco para o debate.