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Até à direita se prefere nacionalizar Novo Banco a vender a fundos americanos

A maioria das respostas numa sondagem da Aximage aponta para a preferência pela nacionalização imediata do Novo Banco "à espera de vender melhor". Só os mais jovens são mais favoráveis à alienação no actual processo.

Bloomberg
16 de Janeiro de 2017 às 09:20
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Seja de esquerda ou de direita, a preferência em relação ao Novo Banco é uma: "nacionalizar agora à espera de vender melhor" em vez de "vender já a uma empresa americana".

 

Numa sondagem da Aximage para a Cofina (dona do Negócios) que contou com 603 respostas válidas, 51,9% dos auscultados preferem a nacionalização do Novo Banco neste momento. A resposta fala em alienação posterior da instituição não numa nacionalização definitiva – um ponto que é defendido, por exemplo, no discurso do Partido Comunista.

 

A venda imediata a uma empresa americana é defendida por 37,1% dos inquiridos. Neste momento, os fundos americanos Lone Star e Apollo/Centerbridge negoceiam a aquisição da instituição financeira com o Fundo de Resolução, accionista único do banco, com o Banco de Portugal e com o Governo.

 

Fazendo uma segmentação das respostas pelo voto em Outubro de 2015, a preferência pela nacionalização é extensível a todos os partidos. 48,7% dos que votaram na coligação Portugal à Frente, do PSD e CDS, preferem a referida nacionalização, contra 44% que pedem a venda imediata. Nos socialistas, a diferença é maior: 61,9% querem a nacionalização e apenas 22,8% esperam a alienação aos americanos.

 

Apesar de haver vozes tanto da esquerda como da direita favoráveis a uma integração do Novo Banco no Estado, como alternativa ao actual processo de venda, o PSD e o CDS já assumiram oficialmente que são contra essa opção.

 

Em todas as regiões do país há maior predisposição dos inquiridos da sondagem da Aximage para a nacionalização.

 

Jovens favoráveis à venda

 

Nos grupos etários é onde há mais diferença nas opções. Dos 18 aos 34 e dos 35 aos 49 anos, mais de 40% dos inquiridos preferem a nacionalização, uma percentagem inferior aos que defendem a venda imediata.

 

A sondagem da Aximage diz, aliás, que entre os 18 e os 34 anos mais de metade aponta mesmo para a alienação do Novo Banco.


FICHA TÉCNICA

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel. 
Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 603 entrevistas efectivas: 287 a homens e 316 a mulheres; 61 no Interior Norte Centro, 79 no Litoral Norte, 106 na Área Metropolitana do Porto, 112 no Litoral Centro, 167 na Área Metropolitana de Lisboa e 78 no Sul e Ilhas; 95 em aldeias, 166 em vilas e 342 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.
Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 6 a 9 de Janeiro de 2017, com uma taxa de resposta de 79,4%.
Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 603 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%).
Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.

 

 

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