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Rui Rio vê vantagens da nacionalização temporária do Novo Banco

O ex-presidente da Câmara do Porto e possível candidato à liderança do PSD desalinha de Passos Coelho e vê vantagens numa nacionalização temporária do Novo Banco, explica em declarações escritos ao público.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 12 de Janeiro de 2017 às 09:05
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Rui Rio considera que uma nacionalização temporária do Novo Banco pode fazer sentido se permitir "rendibilizar o banco" e procurar que, a prazo, se possa "ter retorno de todo o capital investido e, se possível, com alguma compensação para o Estado", defende em declarações escritas enviadas ao Público.

O político social-democrata admite que uma nacionalização temporária poderá custar 750 milhões de euros para recapitalizar a instituição, ao que se poderão juntar necessidades de recapitalização futuras resultantes de eventuais imparidades por contabilizar no balanço do banco. O seu apoio a uma nacionalização temporária fica assim condicional a "saber quanto é que ela, no imediato, vai custar e se, em face disso, é possível desenhar um plano de rentabilização credível e prudente do banco".

Um plano de recuperação do banco permitiria um encaixe futuro maior que, entre as suas vantagens, inclui a possibilidade de reduzir os encargos dos bancos para com o Fundo de Resolução. No que diz respeito às regras europeias, Rui Rio aponta possíveis dificuldades, dada a natureza do banco de transição, mas dará o seu apoio a uma posição confrontacional do governo, se este for a melhor opção para Portugal: "Espero bem que, se esta for a via que melhor defende interesse nacional, a burocracia de Bruxelas não nos venha a prejudicar de forma inaceitável, tal como aconteceu recentemente com o Banif", diz ainda.

O ex-autarca mostra a sua indignação com os desenvolvimentos em torno do BES e Novo Banco em duas questões: "Como é possível que ele hoje nada valha, depois de, inclusive, já se ter defraudado adicionalmente obrigacionistas no valor de dois mil milhões de euros?", questiona, acrescentando ainda outra interrogação: "Perante esta realidade catastrófica, como é possível que o sistema judicial não tenha ainda produzido qualquer acção sustentada contra quem quer que seja?".

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