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PSD elogia Centeno no dossiê Novo Banco

O PSD não quer liquidação, nem nacionalização. Vê nas palavras de Centeno - quando mantém a nacionalização em cima da mesa - uma "arma negocial" e concorda que o Estado não dê mais garantias.

Bruno Simão
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O PSD defendeu esta quarta-feira, 11 de Janeiro, que existe uma "diferença de tom" nas abordagens que têm sido feitas pelo Governo e por responsáveis do PS no dossiê Novo Banco, destacando que o ministro das Finanças "privilegia" a venda do banco. Esta é a "melhor opção para nós", disse o deputado Duarte Pacheco na TSF.

O PSD está contra a nacionalização do Novo Banco e lembra a experiência recente com o BPN - que em 2008 foi absorvido pelo Estado. Opõe-se também à liquidação do banco.  

"É necessário a presença do Novo Banco no mercado e pelo que a liquidação deve estar excluída", disse o deputado do PSD Duarte Pacheco, no Fórum da TSF que foi dedicado à nacionalização do banco que resultou do fim do BES - uma hipótese que ganha força entre os partidos que apoiam o Governo no Parlamento.

O PSD defende, por isso, uma "venda adequada" que mantenha o banco a operar. "A única hipótese de nacionalização deve ser encarada como arma negocial. Mas não entendemos que deva ser a forma privilegiada", acrescentou o deputado.

Aliás, Duarte Pacheco destaca aquilo que diz ser uma "diferença de tom" entre o que dizem responsáveis do PS, como o porta-voz João Galamba e o líder parlamentar e presidente do partido, Carlos César, do que tem sido defendido pelo ministro das Finanças. 

"O ministro das Finanças tem todas as hipóteses em cima da mesa. Entendemos pela última entrevista que Mário Centeno deu que privilegia a alienação. A melhor solução para nós", afirmou Duarte Pacheco.

Este não foi aliás o único elogio feito pelo PSD à forma como Centeno está a conduzir o processo de venda do Novo Banco.

Duarte Pacheco considerou normal que o Ministério das Finanças participe no processo de venda, tal como foi noticiado esta quarta-feira pelo jornal Público. "É natural que o Governo acompanhe com todo o cuidado o desenvolvimento deste dossiê para conseguir a melhor proposta possível para que o banco possa ser vendido." 

O deputado social-democrata rejeitou também as críticas que foram feitas pela esquerda quanto à solução encontrada em 2014 na sequência do fim do BES. "Qual era a alternativa? Fechar o banco?", pergunta. 

Duarte Pacheco reconheceu que esta não é a melhor altura para vender bancos e concordou com a opção do Executivo de não aceitar dar garantias públicas no âmbito de um processo de venda. "O Governo já disse que não dará mais garantias – coisa que subscrevemos".

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