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CDS pede responsabilidades ao Banco de Portugal sobre o Novo Banco

A deputada Cecília Meireles quer explicações da instituição liderada por Carlos Costa sobre o balanço do Novo Banco.

Miguel Baltazar
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O CDS quer explicações do Banco de Portugal sobre a situação financeira do Novo Banco. A deputada centrista Cecília Meireles defende que a instituição responsável pela venda do banco tem de justificar por que motivos o balanço do banco aponta agora para "tantos problemas".

"O Banco de Portugal também terá de explicar o que se passou para agora estarem a surgir tantos problemas com o balanço do Novo Banco", disse Cecília Meireles esta quarta-feira no Fórum da TSF. Responsáveis do PS têm defendido nos últimos dias que as ofertas para o Novo Banco são ruinosas, o que tem servido para argumentar a favor da nacionalização. Esta opção permitia dar tempo para que fossem resolvidos os problemas que o Novo Banco "partilha" actualmente com o sector financeiro, como defendeu esta manhã na TSF o deputado socialista João Galamba.

Nos primeiros nove meses do ano, o Novo Banco registou prejuízos no valor de 359 milhões de euros.

Questionada sobre o facto de o CDS estar a fazer uma crítica à instituição que conduz o processo de venda, a deputada Cecília Meireles lembra que "não seria a primeira vez que o CDS assume um tom crítico em relação ao Banco de Portugal". 

O CDS preferiu não comentar a hipótese de nacionalização do Novo Banco por considerar que existe pouca informação sobre o assunto e que o Governo ainda não tomou qualquer decisão.

"Nós comentaremos quando houver uma decisão", disse Cecília Meireles, lembrando que é "importante criar condições para que o processo negocial chegue a bom porto". 

"Sempre nos opusemos que os custos corram por conta dos contribuintes o que inclui a nacionalização e a garantia do Estado", argumentou, acrescentando que "há momentos em que é preciso alguma reserva para se resolverem os problemas". 


Cecília Meireles rejeitou também a ideia de que o Governo anterior tomou uma decisão errada quando decidiu pela criação do Novo Banco - como banco de transição - na sequência do fim do BES. "O que teria feito em alternativa? Falir o banco? Meter lá 2000 a 3000 milhões de euros como defendia o Grupo Espírito Santo?"

 

"Todo este ruído tenho muitas dúvidas que ajude" a conseguir uma venda em boas condições, concluiu. 

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