Notícia
BE diz que posição da DBRS sobre Novo Banco é "chantagem europeia"
Criticando a agência de rating canadiana, Catarina Martins afirmou que "o que está a acontecer é uma chantagem europeia por via da DBRS, querendo dizer que os contribuintes têm de pagar para entregar um banco limpo com dinheiros públicos a um fundo abutre estrangeiro."
13 de Janeiro de 2017 às 17:32
A coordenadora do Bloco de Esquerda disse hoje que a agência de 'rating' DBRS está a "fazer chantagem europeia" com a posição assumida sobre o Novo Banco, reiterando estar contra a entrega de dinheiro a um "fundo abutre estrangeiro".
"O que está a acontecer é uma chantagem europeia por via da DBRS, querendo dizer que os contribuintes têm de pagar para entregar um banco limpo com dinheiros públicos a um fundo abutre estrangeiro, que irá fazer dinheiro rapidamente com os activos e isso é inadmissível", afirmou Catarina Martins, em declarações aos jornalistas no Bombarral.
Para a bloquista, depois de o anterior Governo PSD/CDS-PP ter "prometido que não ia cortar um tostão aos contribuintes e a factura ter sido de milhares de milhões de euros", "é altura de falar a verdade", o que para o Bloco de Esquerda passa por assumir que a "resolução foi mal feita e lidar de uma forma séria com o dinheiro dos contribuintes e com o sistema financeiro".
"Uma vez que o dinheiro dos contribuintes está já comprometido, é preciso proteger a economia portuguesa, as empresas que estão ligadas ao Novo Banco, as pessoas que têm lá as suas poupanças e isso passa por manter o Novo Banco público e por uma gestão que possa responsabilizar quem criou a situação do BES [Banco Espírito Santo]", defendeu.
A coordenadora do BE falava à margem de uma visita ao tribunal do Bombarral, um dos 20 que foi reaberto no início do ano.
A agência de 'rating' DBRS alertou que uma eventual nacionalização do Novo Banco poderia afectar o 'rating' de Portugal e acarretar "dificuldades" junto da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu, segundo noticiou a SIC Notícias.
"O que está a acontecer é uma chantagem europeia por via da DBRS, querendo dizer que os contribuintes têm de pagar para entregar um banco limpo com dinheiros públicos a um fundo abutre estrangeiro, que irá fazer dinheiro rapidamente com os activos e isso é inadmissível", afirmou Catarina Martins, em declarações aos jornalistas no Bombarral.
"Uma vez que o dinheiro dos contribuintes está já comprometido, é preciso proteger a economia portuguesa, as empresas que estão ligadas ao Novo Banco, as pessoas que têm lá as suas poupanças e isso passa por manter o Novo Banco público e por uma gestão que possa responsabilizar quem criou a situação do BES [Banco Espírito Santo]", defendeu.
A coordenadora do BE falava à margem de uma visita ao tribunal do Bombarral, um dos 20 que foi reaberto no início do ano.
A agência de 'rating' DBRS alertou que uma eventual nacionalização do Novo Banco poderia afectar o 'rating' de Portugal e acarretar "dificuldades" junto da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu, segundo noticiou a SIC Notícias.