Notícia
Operadora moçambicana Tmcel reduz prejuízos para menos de metade em 2023
Ainda assim, a Tmcel apresentava em 31 de dezembro um capital próprio negativo superior a 10.122 milhões de meticais (145 milhões de euros), decorrente de resultados acumulados de anos anteriores.
12 de Agosto de 2024 às 08:55
A operadora de telecomunicações estatal moçambicana Tmcel reduziu os prejuízos para menos de metade em 2023, fechando o exercício com um resultado líquido negativo de 2.130 milhões de meticais (30,5 milhões de euros).
De acordo com o relatório e contas de 2023, a que a Lusa teve hoje acesso, a operadora tinha registado prejuízos de quase 4.333 milhões de meticais (62,1 milhões de euros) em 2022 e terminou o ano passado com 1.842.679 clientes ativos na rede móvel e 27.466 na rede fixa.
O relatório lembrou que o Estado, enquanto acionista maioritário (92% do capital social) representado pelo Instituto de Gestão de Participações do Estado (IGEPE), "intervencionou" a Tmcel em março de 2023, "com vista a melhorar o seu desempenho", avançando com um Plano de Revitalização, aprovado dois meses depois.
"Com a implementação do Plano de Revitalização, a empresa começa a registar sinais de melhoria do seu desempenho, esperando-se em particular, com a conclusão dos projetos inscritos nos pilares de operações e sistemas de suporte ao negócio, cuja previsão é julho/agosto de 2024, que os indicadores evoluam significativamente", de acordo com o relatório e contas.
No resultado antes de juros, depreciações e impostos, a operadora, uma das três na área das telecomunicações móveis no país, até atingiu um registo positivo, de 1.232 milhões de meticais (17,6 milhões de euros), contra os 1.414 milhões de meticais (20,3 milhões de euros) negativos em 2022.
"Não obstante a situação líquida negativa da empresa, resultante do elevado nível de endividamento e acumulação de prejuízos nos últimos anos, as ações em curso, com envolvimento do acionista maioritário, não só garantem a continuidade das operações da empresa, mas também marcam o início de um novo ciclo", acrescentou o documento.
Ainda assim, a Tmcel apresentava em 31 de dezembro um capital próprio negativo superior a 10.122 milhões de meticais (145 milhões de euros), decorrente de resultados acumulados de anos anteriores, e um passivo de 37.925 milhões de meticais (543,7 milhões de euros), que excede o ativo total, de 27.802 milhões de meticais (398,6 milhões de euros).
A Moçambique Telecom (Tmcel) foi constituída em dezembro de 2018, fruto da fusão das extintas Telecomunicações de Moçambique (TDM) e Moçambique Celular (Mcel), para "criação de uma entidade única, competitiva e sustentável no mercado", indicou o documento.
Aquando da constituição, a Tmcel -- cujo capital social é ainda detido em 8% por antigos trabalhadores das duas empresas extintas - contava com um efetivo de 2.054 trabalhadores. Em 2022, esse número já tinha recuado para 1.476, fechando a operadora o ano de 2023 com um total de 1.370 trabalhadores.
Até finais de 2023, em resultado da implementação da segunda fase do projeto de modernização e expansão da rede, iniciado em janeiro de 2022, a operadora referiu que foram "modernizados e/ou ativados" um total de 966 'sites' - antenas de transmissão -, (478 em todo o ano passado), dos 1.077 planeados até à conclusão do projeto.
Em setembro do ano passado, o presidente da comissão de gestão da Tmcel, Mahomed Adamo Mussá, afirmou, em Maputo, que a estatal moçambicana de telecomunicações estava num "novo renascer", no âmbito da revitalização das operações, orçado em 132 milhões de dólares (121 milhões de euros).
"Os primeiros dois meses foram para elaborar um plano a 18 meses para reverter a situação da empresa (...) É isso que vamos fazer: um novo renascer", afirmou Mahomed Adamo Mussá.
A administração mostrou crescimentos em vários indicadores com a inclusão de novos produtos, já em resultado do projeto de expansão e modernização da rede de telecomunicações, financiado pelo Eximbank da China.
Ainda no âmbito da modernização e expansão da rede, iniciada em janeiro de 2022, após "quase dez anos sem investimento", a Tmcel, que opera uma rede de suporte de 7.600 quilómetros de fibra ótica e de 8.500 quilómetros de redes de acesso, já tinha aumentado, em 2023, a cobertura de banda larga de 10 para 400 gigabits por segundo (Gbps), e uma cobertura global por 4.5G na rede móvel.
De acordo com o relatório e contas de 2023, a que a Lusa teve hoje acesso, a operadora tinha registado prejuízos de quase 4.333 milhões de meticais (62,1 milhões de euros) em 2022 e terminou o ano passado com 1.842.679 clientes ativos na rede móvel e 27.466 na rede fixa.
"Com a implementação do Plano de Revitalização, a empresa começa a registar sinais de melhoria do seu desempenho, esperando-se em particular, com a conclusão dos projetos inscritos nos pilares de operações e sistemas de suporte ao negócio, cuja previsão é julho/agosto de 2024, que os indicadores evoluam significativamente", de acordo com o relatório e contas.
No resultado antes de juros, depreciações e impostos, a operadora, uma das três na área das telecomunicações móveis no país, até atingiu um registo positivo, de 1.232 milhões de meticais (17,6 milhões de euros), contra os 1.414 milhões de meticais (20,3 milhões de euros) negativos em 2022.
"Não obstante a situação líquida negativa da empresa, resultante do elevado nível de endividamento e acumulação de prejuízos nos últimos anos, as ações em curso, com envolvimento do acionista maioritário, não só garantem a continuidade das operações da empresa, mas também marcam o início de um novo ciclo", acrescentou o documento.
Ainda assim, a Tmcel apresentava em 31 de dezembro um capital próprio negativo superior a 10.122 milhões de meticais (145 milhões de euros), decorrente de resultados acumulados de anos anteriores, e um passivo de 37.925 milhões de meticais (543,7 milhões de euros), que excede o ativo total, de 27.802 milhões de meticais (398,6 milhões de euros).
A Moçambique Telecom (Tmcel) foi constituída em dezembro de 2018, fruto da fusão das extintas Telecomunicações de Moçambique (TDM) e Moçambique Celular (Mcel), para "criação de uma entidade única, competitiva e sustentável no mercado", indicou o documento.
Aquando da constituição, a Tmcel -- cujo capital social é ainda detido em 8% por antigos trabalhadores das duas empresas extintas - contava com um efetivo de 2.054 trabalhadores. Em 2022, esse número já tinha recuado para 1.476, fechando a operadora o ano de 2023 com um total de 1.370 trabalhadores.
Até finais de 2023, em resultado da implementação da segunda fase do projeto de modernização e expansão da rede, iniciado em janeiro de 2022, a operadora referiu que foram "modernizados e/ou ativados" um total de 966 'sites' - antenas de transmissão -, (478 em todo o ano passado), dos 1.077 planeados até à conclusão do projeto.
Em setembro do ano passado, o presidente da comissão de gestão da Tmcel, Mahomed Adamo Mussá, afirmou, em Maputo, que a estatal moçambicana de telecomunicações estava num "novo renascer", no âmbito da revitalização das operações, orçado em 132 milhões de dólares (121 milhões de euros).
"Os primeiros dois meses foram para elaborar um plano a 18 meses para reverter a situação da empresa (...) É isso que vamos fazer: um novo renascer", afirmou Mahomed Adamo Mussá.
A administração mostrou crescimentos em vários indicadores com a inclusão de novos produtos, já em resultado do projeto de expansão e modernização da rede de telecomunicações, financiado pelo Eximbank da China.
Ainda no âmbito da modernização e expansão da rede, iniciada em janeiro de 2022, após "quase dez anos sem investimento", a Tmcel, que opera uma rede de suporte de 7.600 quilómetros de fibra ótica e de 8.500 quilómetros de redes de acesso, já tinha aumentado, em 2023, a cobertura de banda larga de 10 para 400 gigabits por segundo (Gbps), e uma cobertura global por 4.5G na rede móvel.