A Oni Communications registou um resultado líquido negativo de 10,2 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, valor que implica uma melhoria de 55% face aos 22,8 milhões de euros de prejuízos registados nos primeiros seis meses de 2006.

O EBITDA desta operadora, agora quase exclusivamente focada no segmento "corporate", passou de pouco mais de três milhões no primeiro semestre do ano passado, para os 9,5 milhões de euros entre Janeiro e Junho deste ano.

Xavier Rodríguez Martín, líder da Oni desde que esta foi adquirida pela Win Reason há 5 meses, apontou hoje de manhã, em conferência de imprensa, que os resultados apresentados "são particularmente significativos, na medida em que reflectem já o reposicionamento da nossa actividade, com foco nos segmentos empresarial e de operadores".

No primeiro semestre de 2007 os proveitos de voz da Oni mantiveram-se na casa dos 30 milhões de euros, enquanto que as receitas de Dados e Serviços atingiram os 47 milhões e as venda de equipamentos permitiram um encaixe de dois milhões.

Segundo os dados avançados por esta operadora, que recentemente alienou o seu negócio residencial e de pequenas empresas à Sonaecom, a produtividade dos seus 500 empregados está na casa dos 150 mil euros por empregado / trimestre, valor que, afirmam, está acima da média dos registos das suas empresas pares. No final de Junho de 2006, a produtividade por empregado / trimestre da Oni situava-se nos 91,6 mil euros.

Em relação às despesas de investimento, a Oni aplicou 6,8 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, mais 61,9% que os 4,2 milhões aplicados entre Janeiro e Junho do ano passado.

Os bons resultados registados neste semestre levaram a operadora a decidir amortizar na totalidade uma série de "compromissos" de investimentos antigos da Oni – por exemplo a aquisição da Comnexo em 1999 –, que ainda tinham um custo anual de 3,5 milhões de euros.

Estas amortizações acabaram por ter um impacto negativo de 25 milhões de euros nas contas da Oni do semestre, valor que não foi considerado pela operadora no apuramento do resultado líquido do período por se tratar "de situações não-recorrentes", conforme explicou Xavier Rodríguez Martín.