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O dia num minuto: Angola agita BCP e Unicer, o IMI em Lisboa e as dificuldades da Alemanha

Os lisboetas vão pagar menos IMI, a Unicer vai despedir, o BCP faz fusão em Angola e há mais empresas alemãs em dificuldades além da Volkswagen. Cavaco Silva pediu mais poderes para o Presidente da República.

Pedro Elias/Negócios
Negócios 08 de Outubro de 2015 às 20:02
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BCP avança com fusão em Angola. O BCP já encontrou uma solução para baixar a exposição do banco ao mercado angolano, cumprindo as exigências do Banco Central Europeu. Para tal vai avançar com a fusão do Millennium Angola, onde detém 50,1% do capital, com o Banco Atlântico. Uma união que vai criar o terceiro maior banco em Angola, que será detido em 20% pelo BCP. Com esta operação, o BCP cumpre as novas exigências de solidez da autoridade monetária europeia, ficando com um rácio de capital superior a 10%.

 

Unicer despede 140 trabalhadores. A Unicer vai fechar a fábrica de refrigerantes de Santarém, o que implicará o corte de 70 postos de trabalho. A fabricante da cerveja Superbock vai ainda suprimir outros 70 empregos da estrutura global, se bem que tenha a expectativa de realocar 35 postos de trabalho. A Unicer justifica este "reajuste da sua estrutura" com o mau momento vivido em alguns mercados, com destaque para o angolano, que está a sofrer uma quebra de 30%. Os 140 empregos que vão ser eliminados representam mais de 10% da força de trabalho actual da empresa que desde Julho é liderada por Rui Lopes Ferreira.

 

Desconto no IMI em Lisboa. Os lisboetas com filhos vão pagar menos Imposto Municipal sobre Imóveis em 2016. A autarquia liderada por Fernando Medina anunciou esta quinta-feira o orçamento para o próximo ano, que contempla descontos de 10% para famílias com um filho, de 15% para quem tiver dois e de 20% para agregados com três ou mais dependentes a cargo. Contas feitas, são 33 mil as famílias que vão beneficiar com esta medida que várias autarquias do país também já anunciaram que vão implementar. Mas os lisboetas também receberam más notícias. A Câmara Municipal de Lisboa vai cobrar no final deste mês a nova taxa de protecção civil aos proprietários de imóveis na capital, cuja taxa média será de 86 euros.

 

Cavaco quer PR a nomear Governador. No último discurso que efectuou na cerimónia de abertura solene do ano judicial, Cavaco Silva defendeu uma revisão da Constituição que dê mais poderes ao Presidente da República. Perante uma plateia de magistrados e operadores de justiça, defendeu que deverá ser Belém a nomear o governador do Banco de Portugal e alguns dos juízes do Tribunal Constitucional. Paula Teixeira da Cruz, que não será ministra no próximo governo, defendeu que a justiça é hoje "mais simplificada, mais ágil, mais eficaz e mais equitativa". Joana Marques Vidal pediu autonomia financeira para a PGR e Ministério Público e a bastonária Elina Fraga considerou que a justiça está em "depressão catatónica".

 

Volkswagen alvo de buscas. O escândalo da Volkswagen não sai do centro da actualidade internacional. Esta quinta-feira foi notícia o facto de as autoridades policiais alemãs terem efectuado buscas na sede da construtora automóvel, onde recolheram documentos e dispositivos de armazenamentos de dados. Também esta quinta-feira foi tornado público que a Volkswagen nos Estados Unidos da América tinha conhecimento do caso pelo menos desde a Primavera de 2014. Michael Horn foi ouvido pelos deputados norte-americanos. "Não sou engenheiro" foi a expressão mais repetida.

 

Deutsche Bank com prejuízos. A Volkswagen não é a única companhia alemã em apuros. Na quarta-feira à noite o Deutsche Bank anunciou que prevê registar prejuízos de 6,2 mil milhões de euros no terceiro trimestre, devido sobretudo às amortizações de activos das suas diferentes áreas de negócio. A confirmar-se será o maior prejuízo trimestral do banco alemão numa década, o que o obrigará a cortar dividendos e bónus. Os analistas já admitem que não será paga nenhuma remuneração aos accionistas, o que a confirmar-se será a primeira vez em 60 anos.

Alemanha abranda. Como não há duas sem três, esta quinta-feira foram reveladas mais más notícias para a Alemanha. As exportações do país cederam 5,2% em Agosto, naquela que foi a maior queda desde 2009 e que se justifica com a situação dos mercados emergentes, em particular da China. Também devido ao menor crescimento da economia mundial, os principais institutos económicos do país reviram em baixa a previsão de crescimento para a Alemanha este ano, antecipando agora uma expansão de 1,8%.

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