Notícia
Número de insolvências aumenta 5% nos primeiros seis meses do ano
Apesar de 2015 “estar a ser um ano de viragem”, as empresas nacionais continuam a apresentar dificuldades para “superar os impactos do período mais conturbado que o país atravessou”, conclui a COSEC, dando conta de um aumento do número de insolvências e de empresas que recorreram ao PER – Processo Especial de Revitalização.
Registaram-se 2.918 insolvências nos primeiros seis meses de 2015, mais 5% face ao período homólogo, informa a COSEC em comunicado enviado à redacção. O primeiro semestre do ano foi também marcado por um aumento de 7% no número de empresas a recorrer ao PER - Processo Especial de Revitalização, totalizando 532 ocorrências. O sector da Construção é o mais penalizado.
Os distritos de Lisboa (25,5%), Porto (20%) e Braga (11,3%) são as regiões onde se regista o maior número de insolvências em Portugal. No distrito da capital assinalaram-se 743 casos, no distrito do Porto 583 e no distrito de Braga 329 ocorrências. No sentido oposto, Guarda (0,8%), Portalegre (0,8%), Bragança (0,6%) e Beja (0,3%) têm os menores números.
O sector da Construção é onde se regista o maior número de empresas insolventes, sendo que este representa 24% do total de ocorrências registadas entre Janeiro e Junho de 2015. No entanto, é de referir uma queda de 4% no número de insolvências neste sector em específico, comparativamente ao primeiro semestre de 2014. Segue-se o sector de Serviços, que representa 21% do total de insolvências, e de Retalho, com 17%. 68% das empresas insolventes no primeiro semestre de 2015 são classificadas como micro-empresas.
Esta é uma tendência em linha com os pedidos de integração de empresas no PER - Processo Especial de Revitalização, sendo que os maiores registos são também no sector da Construção (153 empresas em PER), Serviços (109 empresas em PER) e Retalho (64 empresas em PER). Neste caso, 79% das empresas que recorreram a este mecanismo são micro ou pequenas empresas.
Nos últimos 12 meses, 868 empresas nacionais recorreram ao PER, sendo que 25% tiveram homologação do plano de revitalização, 11% estão em situação de regime de insolvência confirmada por declaração do Tribunal, 7% regressam ao giro comercial sem acordo do plano e 56% aguardam decisão sobre o seu processo, informa a COSEC.