A Cosec (Companhia de Seguros de Crédito) renovou para este ano a linha de seguros de crédito à exportação de curto prazo, segundo adiantou esta sociedade em comunicado. As empresas estavam preocupadas com atrasos nesta matéria. 

"A experiência positiva com esta linha, desde 2009, e o sucesso da mesma junto das empresas exportadoras portuguesas, têm motivado a sua sucessiva prorrogação e justificaram, para 2016, a implementação de um mecanismo com carácter mais duradouro, bem como a definição de um conjunto de procedimentos que permitirá promover a celeridade das decisões", diz o mesmo documento.

Desde o lançamento, em 2009, este instrumento apoiou 735 empresas, das quais 91% são PME, num total de 1,3 mil milhões de euros em seguros para vendas de 4,6 mil milhões de euros. "Os mercados mais procurados foram Angola, Marrocos, Venezuela, Moçambique, Cabo Verde e Brasil, em sectores de actividade muito diversificados, onde destacamos: bens alimentares e bebidas, materiais eléctricos e de construção, papel e produtos farmacêuticos", refere a Cosec.

A linha apoiou negócios em 100 países. No ano passado, o valor seguro atingiu os 176 milhões de euros, o que deu origem a vendas de 720 milhões de euros.

Estes instrumentos permitem às PME mitigar o risco de vendas para países mais arriscados, até porque têm muitas dificuldades em aceder a garantias bancárias de outra forma. A linha tem garantia do Estado e é um exclusivo da Cosec.

A Cosec garante que em 2016 se mantêm as condições de apoio "que permitem a cobertura de operações de exportação de um mínimo de 20 mil euros, quer sejam operações individualizadas de exportação, quer se trate de um programa anual de fornecimentos, com um período máximo de pagamento até 2 anos e uma percentagem de cobertura de 98%", referiu o mesmo comunicado.

A linha não abrange países da União Europeia (ainda que a Grécia neste momento seja uma excepção), assim como a Austrália, o Canadá, os Estados Unidos da América, a Islândia, o Japão, a Noruega, a Nova Zelândia e a Suíça.