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Empresários mais pessimistas sobre crescimento das exportações este ano

Os empresários portugueses esperam um crescimento mais lento das exportações de mercadorias em 2016. O principal responsável é a descida do preço do petróleo.

Miguel Baltazar/Negócios
04 de Fevereiro de 2016 às 12:16
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Segundo os dados publicados esta quinta-feira, 4 de Fevereiro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as empresas portuguesas antecipam para 2016 um aumento de 1,4% das vendas de bens ao exterior face a 2015. Este inquérito, realizado em Novembro e Dezembro do ano passado, mostra um maior pessimismo do que em 2015, quando os responsáveis pelos grupos económicos previram crescimentos de 2,5% (primeira estimativa) e 3,4% (segunda estimativa).

Para este crescimento de 1,4% contribui um aumento de 1,8% das exportações para países da União Europeia e uma estagnação das vendas para outras economias (0,1%). Entre as categorias de bens mais relevantes, o INE destaca a previsão de crescimento da exportação de máquinas para países terceiros (10,4%) e de alimentos e bebidas (6%) e máquinas (5,1%) para países da UE.


No entanto, o tipo de produto mais relevante para estas previsões pode mesmo ser o combustível. Se o excluíssemos destas contas, os empresários portugueses esperariam um crescimento de 3,2% das exportações em 2016, muito acima dos 1,4% antecipados para a totalidade dos bens vendidos por Portugal.

Recorde-se que estas previsões são nominais. Isto é, contam com variações do preço. Combustíveis vendidos a um preço mais baixo implicam menos exportações e, claro, também menos importações (Portugal não produz petróleo, refina aquilo que compra e depois vende o combustível ao exterior). "Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as empresas esperam aumentos de 3,1% no Comércio Intra-UE e de 3,5% no Comércio Extra-UE", refere o INE.

Para já, apenas são conhecidos os dados das exportações até Novembro de 2015, que mostram um crescimento de 4,1% nos primeiros 11 meses do ano. A confirmar-se que a totalidade de 2015 ficará próxima desse valor, significa que a realidade acabou por ser melhor do que os empresários esperavam (2,5% e 3,4% nas duas estimativas).

O próximo inquérito às empresas será realizado em Maio e Junho deste ano.

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