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Insolvências voltam a aumentar no primeiro trimestre
Foram mais de 1.500 as empresas que entraram em insolvência nos primeiros três meses do ano. Deste total, 70% são microempresas. Houve também um aumento das empresas que aderiram ao PER, segundo a Cosec.
O número de empresas que entraram em insolvência aumentou 7%, quando comparado com igual período do ano passado, para um total de 1.536 empresas, revela a Cosec.
Deste total 23% das empresas são do sector da construção, enquanto os serviços corresponderam a 20% do total. Apesar do sector da construção representar a maior fatia, as insolvências neste segmento diminuíram 4% quando comparado com igual período do ano passado. Já entre os serviços o número de insolvências aumentou 10% neste período.
Os dados divulgados pela Cosec revelam ainda que quase um quarto das insolvências ocorreu em Lisboa, uma percentagem que, ainda assim, é inferior à observada há um ano. 20,3% das insolvências foram observadas na região do Porto. A percentagem mais baixa foi registada em Beja (0,3%).
Os dados revelam ainda que 69% das insolvências são registadas por microempresas, enquanto os empresários em nome individual representam 11% das insolvências.
No que respeita ao recurso ao plano especial de revitalização (PER), os dados revelam que houve 271 empresas a recorrer a este mecanismo, o que representa um aumento de 3% face ao mesmo período do ano passado.
"Os sectores que registaram maior número de pedidos de acesso ao PER são os mesmos que integram os três sectores com maiores registos de insolvências confirmadas, nomeadamente, a Construção (86 empresas em PER), Serviços (55 empresas em PER) e Retalho (31 empresas em PER)", adianta a mesma fonte.
Do total das empresas a recorrerem ao PER, 80% são micro ou pequenas empresas.
A Cosec revela ainda que "nos últimos 12 meses, entre Abril 2014 e Março 2015, 847 empresas nacionais solicitaram a sua integração num PER". E deste total, 31% conseguiu obter a aprovação do plano. "8% regressaram ao giro comercial sem acordo do plano", enquanto "52% estão a aguardar resposta de decisão, sendo que 35% destes processos em aberto estão dentro do prazo", acrescenta a mesma fonte.