Notícia
Número de navios que atravessa o canal do Suez cai para metade
Desde o dia 19 de novembro, quando o grupo apoiado pelo Irão capturou o cargueiro 'Galaxy Leader', a média de carga transportada caiu dos 5,5 milhões de toneladas diárias, para 2,1 milhões.
11 de Fevereiro de 2024 às 15:53
O número de navios que atravessou o canal do Suez, uma das principais vias marítimas do mundo, caiu 51,3% desde o início dos ataques dos rebeldes Huthis do Iémen, em novembro do ano passado.
De acordo com a agência espanhola de notícias, a EFE, que cita dados do observatório Port Watch, uma ferramenta da Universidade de Oxford e do Fundo Monetário Internacional (FMI), desde o dia 19 de novembro, quando o grupo apoiado pelo Irão capturou o cargueiro 'Galaxy Leader', a média de carga transportada caiu dos 5,5 milhões de toneladas diárias, para 2,1 milhões de toneladas na última semana, uma queda de 61,4% em menos de quatro meses.
O dia com menos tráfego aconteceu a 23 de janeiro, em que apenas atravessaram o canal 28 navios de mercadorias e seis tanques com combustível.
O chefe da Autoridade do Canal do Suez, Osama Rabie, reuniu-se há duas semanas com representantes de 15 grandes companhias de navegação, que lhe garantiram que regressariam à rota tradicional "quando as tensões terminarem", segundo um comunicado da Autoridade do Canal do Suez.
Os números são semelhantes na travessia de Bab el Mandeb, a entrada do Mar Vermelho e onde os Huthis atacam navios que escalam ou se dirigem a portos israelitas, uma ação que alegam ser em defesa da causa palestiniana e que provocou uma contraofensiva de uma coligação militar internacional liderada pelos Estados Unidos.
Até agora, houve uma queda de 54% no número de navios que decidem passar pelo estreito e uma queda de 66,4% nas mercadorias em comparação com antes da crise, de 5,1 milhões de toneladas, em novembro, para 1,7 milhões, na primeira semana de fevereiro.
O Port Watch, que monitoriza 120 mil navios e 1.400 portos em todo o mundo, "localiza os navios de carga através dos sinais que enviam por satélite", explicou a economista e uma das responsáveis pela ferramenta, Parisa Kamali, em declarações à EFE.
"Registamos quando os navios entram ou saem de um porto, bem como outros pontos de controlo específicos", disse Kamali, embora tenha advertido que "alguns dos navios que passam pelo Bab el Mandeb desligam os seus transmissores para evitar partilhar a sua localização e proteger-se de possíveis ataques", o que "complica a sua localização".
O Mar Vermelho, limitado a norte pelo Canal do Suez e a sul pelo Estreito de Bab el Mandeb, é uma via navegável através da qual passam anualmente mais de 19.000 navios de carga, representando 11% do tráfego marítimo mundial, de acordo com a Port Watch, além de ser a rota mais rápida entre os portos asiáticos e o Mediterrâneo.
Um grande número de companhias de navegação reduziu ou parou completamente as suas operações na região e optou por utilizar rotas alternativas, como a que contorna o continente africano a sul, ao longo do Cabo da Boa Esperança, cuja utilização cresceu 51,9% nesse período, apesar de implicar mais 10 dias de travessia e aumentar os custos.
O Egito arrecada cerca de 8 mil milhões de dólares por ano com o Canal do Suez, razão pela qual as suas autoridades lançaram uma campanha para convencer as companhias de navegação a voltarem a transitar pela passagem artificial devido à grave crise económica que o país atravessa, marcada pela falta de divisas.
Para participar no Fórum do Caldeirão de Bolsa dedicado à insegurança no Mar Vermelho clique aqui.
De acordo com a agência espanhola de notícias, a EFE, que cita dados do observatório Port Watch, uma ferramenta da Universidade de Oxford e do Fundo Monetário Internacional (FMI), desde o dia 19 de novembro, quando o grupo apoiado pelo Irão capturou o cargueiro 'Galaxy Leader', a média de carga transportada caiu dos 5,5 milhões de toneladas diárias, para 2,1 milhões de toneladas na última semana, uma queda de 61,4% em menos de quatro meses.
O chefe da Autoridade do Canal do Suez, Osama Rabie, reuniu-se há duas semanas com representantes de 15 grandes companhias de navegação, que lhe garantiram que regressariam à rota tradicional "quando as tensões terminarem", segundo um comunicado da Autoridade do Canal do Suez.
Os números são semelhantes na travessia de Bab el Mandeb, a entrada do Mar Vermelho e onde os Huthis atacam navios que escalam ou se dirigem a portos israelitas, uma ação que alegam ser em defesa da causa palestiniana e que provocou uma contraofensiva de uma coligação militar internacional liderada pelos Estados Unidos.
Até agora, houve uma queda de 54% no número de navios que decidem passar pelo estreito e uma queda de 66,4% nas mercadorias em comparação com antes da crise, de 5,1 milhões de toneladas, em novembro, para 1,7 milhões, na primeira semana de fevereiro.
O Port Watch, que monitoriza 120 mil navios e 1.400 portos em todo o mundo, "localiza os navios de carga através dos sinais que enviam por satélite", explicou a economista e uma das responsáveis pela ferramenta, Parisa Kamali, em declarações à EFE.
"Registamos quando os navios entram ou saem de um porto, bem como outros pontos de controlo específicos", disse Kamali, embora tenha advertido que "alguns dos navios que passam pelo Bab el Mandeb desligam os seus transmissores para evitar partilhar a sua localização e proteger-se de possíveis ataques", o que "complica a sua localização".
O Mar Vermelho, limitado a norte pelo Canal do Suez e a sul pelo Estreito de Bab el Mandeb, é uma via navegável através da qual passam anualmente mais de 19.000 navios de carga, representando 11% do tráfego marítimo mundial, de acordo com a Port Watch, além de ser a rota mais rápida entre os portos asiáticos e o Mediterrâneo.
Um grande número de companhias de navegação reduziu ou parou completamente as suas operações na região e optou por utilizar rotas alternativas, como a que contorna o continente africano a sul, ao longo do Cabo da Boa Esperança, cuja utilização cresceu 51,9% nesse período, apesar de implicar mais 10 dias de travessia e aumentar os custos.
O Egito arrecada cerca de 8 mil milhões de dólares por ano com o Canal do Suez, razão pela qual as suas autoridades lançaram uma campanha para convencer as companhias de navegação a voltarem a transitar pela passagem artificial devido à grave crise económica que o país atravessa, marcada pela falta de divisas.
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