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Volumes de transporte marítimo no Canal do Suez caem 55% numa semana

Os porta-contentores a transitar semanalmente por este acesso diminuíram 67%, segundo a plataforma PortWatch do FMI.

Movimento no Suez estava, em julho, 13% abaixo do esperado.
Mohamed Abd El Ghany/Reuters
23 de Fevereiro de 2024 às 14:38
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Em apenas uma semana, os volumes de transporte marítimo que navegam pelo Canal do Suez caíram mais de metade (55%) em relação ao período homólogo. São dados da PortWatch, plataforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), que dão ainda conta de um aumento de quase 75% na rota alternativa, em torno do Cabo da Boa Esperança.

 

Os números sublinham os efeitos prolongados do conflito disputado entre houthis e forças ocidentais no Mar Vermelho, que se arrasta há três meses e parece não ter fim à vista.

Inaugurado em 1869 numa localização marítima estratégica no Egito, o Canal do Suez é uma das passagens mais importantes do comércio mundial, situando-se entre um grande continente exportador, a Ásia, e um grande consumidor, a Europa – além de ser a rota mais curta e por onde circula 40% do comércio entre os dois blocos, assim como 12% do tráfego marítimo mundial.

 

O canal mandado construir pelo francês Ferdinand de Lesseps vê agora uma queda de 42% nos navios que por lá habitualmente passavam, em comparação com o pico registado, revelam dados desta semana da Unctad, braço comercial da ONU. Em janeiro deste ano atravessaram 1.362 embarcações, uma derrapagem de 36% em comparação o mesmo mês de 2023.

 

Os números agora conhecidos revelam ainda que há menos 67% porta-contentores a transitar semanalmente por este acesso.

 

"O aumento da incerteza e o evitar do Canal de Suez para desviar pelo Cabo da Boa Esperança está a ter um custo económico e ambiental, representando também uma pressão adicional sobre as economias em desenvolvimento", escreveu a Unctad.

 

O Egito, país onde se situa o canal, arrecadava cerca de 646 milhões de euros por mês em taxas de trânsito até aos primeiros ataques da guerra entre Israel e o Hamas, que marca esta sexta-feira o 140.º dia.

*Texto editado por Inês Santinhos Gonçalves

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