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UE lança missão “Aspides” em defesa do Mar Vermelho

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 Estados-membros aprovaram em Bruxelas, esta manhã, a missão marítima militar para defesa do transporte comercial dos ataques houthis.

“Aspides” é a antiga palavra grega usada para traduzir “escudo”.
Mohamed Hossam/EPA
19 de Fevereiro de 2024 às 13:34
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Com Itália a desempenhar o papel principal da defesa marítima militar que durará um ano, a missão "Aspides", que significa "escudo" em grego, foi esta segunda-feira aprovada em Conselho dos Negócios Estrangeiros, em Bruxelas, com o aval dos 27 estados-membros.
 

O anúncio foi feito pela Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, que avançou também a sua intenção de se candidatar a um segundo mandato no cargo.

 

"A Europa garantirá a liberdade de navegação no Mar Vermelho, trabalhando ao lado dos nossos parceiros internacionais. Além da resposta à crise, é um passo rumo a uma presença europeia mais forte no mar para proteger os nossos interesses europeus", escreveu na rede social X (antigo Twitter).

 
Também o alto 
representante do bloco europeu para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, reiterou que "a UE está a responder rapidamente à necessidade de restaurar a segurança marítima e a liberdade de navegação num corredor marítimo altamente estratégico. Esta operação vai ser fulcral na salvaguarda dos interesses comerciais e de segurança", citado num comunicado divulgado pelo Conselho da UE.


A missão liderada pela União Europeia tem como objetivo a escolta dos navios mercantes que tentem atravessar o Mar Vermelho até à Europa, que desde outubro de 2023 tem sido alvo de ataques pela milícia houthi, do Iémen, que dizem estar a agir em solidariedade com os palestinianos enquanto Israel não abandonar Gaza. Bruxelas reitera a intenção de não participar nos ataques, apenas na defesa das embarcações.
 

Além dos italianos, também França, Alemanha e Bélgica declararam a sua intenção de contribuir com frotas para a missão. Já no início do mês partiu para a região a fragata alemã Hessen, com 240 tripulantes. A juntar-se a ela vão agora a caminho três navios de guerra e sistemas de alerta aéreo, implantados para ajudar a proteger o transporte marítimo na importante rota comercial.

 

Depois de um fim de semana marcado por retaliações sucessivas entre o grupo do Médio Oriente e a força ocidental, esta segunda-feira os houthis atacaram o navio de carga Rubymar no estreito de Bab el-Mandeb, registado no Reino Unido e operado por uma empresa do Líbano, causando explosões nas proximidades da embarcação.

 

De acordo com a agência britânica de segurança marítima UKMTO, a tripulação foi obrigada a abandonar o navio depois de se terem registado danos. Os houthis afirmam que a embarcação "corre agora o risco de se afundar" no golfo de Aden.

 
*Notícia editada por Inês Santinhos Gonçalves

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