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Negócio das rações perdeu 100 milhões em três anos
A facturação das fabricantes portuguesas de rações para animais tem vindo a decrescer nos últimos três anos, estimando-se que tenha fechado 2015 nos 1,36 mil milhões de euros, avança um estudo da Informa D&B. Este sector perdeu 100 milhões em receitas neste período.
Há três anos que se assiste a uma tendência decrescente das vendas agregadas das empresas fabricantes de alimentos compostos para animais.
Depois de ter fechado 2013 e 2014 com quebras significativas, "num contexto de estagnação em volume e queda dos preços", em 2015 "estima-se uma moderação do ritmo descendente da facturação, até se situar em torno de 1,36 mil milhões de euros, menos 0,7% do que no ano anterior", revela um estudo da Informa D&B sobre o sector, a que o Negócios teve acesso.
Significa isto que o tecido produtivo português de rações para animais perdeu cerca de 100 milhões de euros em receitas nos últimos três anos.
Em volume, de acordo com a D&B e com números ainda relativos a 2014, a produção cifrou-se nesse ano em 3,15 mil milhões de toneladas, o que representou um decréscimo de 0,2% em comparação com o ano anterior.
O segmento das rações para aves representou quase metade (44%) da produção total do sector, seguindo-se os alimentos compostos para suínos (26%) e para gado bovino (20%).
Este sector é composto por cerca de 110 empresas, "valor que se tem mantido sem variações significativas nos últimos exercícios", enquanto o número de trabalhadores "experimentou em 2014 um moderado aumento", para 3.324, mais 2,2% do que no ano anterior, "alterando assim a tendência decrescente observada em exercícios precedentes".
Ainda segundo o mesmo estudo da Informa D&B, a região Centro do país concentra mais de 45% do total de empresas de fabrico de rações para animais, seguindo-se o Alentejo, com pouco mais de 20%, e as zonas de Lisboa (15%) e Norte (9%).