Notícia
Moreira da Silva: "Eu não vou de modo algum travar" a privatização da EGF
As câmaras municipais até podem contestar mas a privatização da EGF já não vai parar, avisa Jorge Moreira da Silva. Ministro do Ambiente garante que o processo foi feito "com a maior ponderação" e "um grande diálogo".
- 14
- ...
O ministro do Ambiente garante que a privatização da EGF vai avançar mesmo que as autarquias contestem o processo.
"Eu não posso substituir-me à possibilidade das autarquias introduzirem litigância neste processo. Não a desejo e fiz tudo para a evitar, de modo a que as soluções no plano das tarifas, no plano ambiental, no plano de serviço público fossem aprofundadas", disse esta quarta-feira, 21 de Maio, o ministro da Ambiente. Mas logo depois deixou o aviso. "Eu não vou de modo algum travar este processo".
Jorge Moreira da Silva afirma que o processo foi feito "com a maior ponderação" e "um grande diálogo". E garante que o Governo teve a capacidade de "ter o trabalho de casa feito antecipadamente dando uma resposta regulatória que dá confiança aos munícipes, aos municípios e aos concorrentes", por isso espera que a "litigância possa ser reduzida".
"Quando todos reclamam a reforma do Estado, é preciso, de uma forma prática, encontrar áreas em que essa reforma do Estado se faz", referiu o ministro.
Moreira da Silva não vê nenhuma razão para que os resíduos sólidos urbanos não possa ser geridos por entidades privadas, até porque vários países da União Europeia já o fazem.
Quanto à possibilidade que as autarquias tinham de vender as suas participações nas subsidiárias da EGF a adesão, segundo o ministro, terá sido baixa.
"Eu não tenho os números finais, tenho apenas a indicação de que apenas um número reduzido de autarquias quis tirar partido desta possibilidade", afirmou.