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Mário Ferreira acorda com sindicato integração dos trabalhadores no Monumental
O Sindicato da Construção celebrou um acordo com Mário Ferreira que garante a continuidade dos trabalhadores da Soares da Costa na empreitada do Monumental Palace Hotel. O empresário até está disponível para adiantar metade do primeiro salário.
Depois de ter procedido à rescisão do contrato de construção do Monumental Palace Hotel, celebrado em 2015 com um agrupamento de empresas (ACE) liderado pela Soares da Costa, o grupo de Mário Ferreira "tomou conta da obra" e chegou esta quinta-feira, 9 de Novembro, a acordo com o sindicato do sector para a integração da centena de trabalhadores alocados à obra.
"A Monumental Palace Hotel, SA (MPH) e o Sindicato da Construção de Portugal fecharam esta tarde, no Porto, um acordo para propor aos trabalhadores da Soares da Costa, afectos à empreitada do Monumental Palace Hotel, a sua continuidade na obra, estando a MPH disponível para os integrar na empreitada, dentro do quadro legal em vigor e fora do âmbito do ACE", afirma a Mystic Invest, sociedade detida por Mário Ferreira e promotora do empreendimento, em comunicado.
Na reunião que selou o acordo entre as partes patronal e sindical, o empresário solicitou o apoio do sindicato, que é liderado por Albano Ribeiro, "em conseguir a integração de outros trabalhadores da Soares da Costa, que se encontrem inactivos ou suspensos, e até a um máximo de 50, para reforçar as equipas da empreitada, de forma a recuperar alguns dos atrasos verificados até à data".
O promotor do MPH acordou ainda com o sindicato, "de forma a ajudar os colaboradores a atenuar as suas dificuldades económicas resultantes dos meses de salários em atraso", a disponibilidade do dono da obra "em adiantar 50% do primeiro salário referente a esta nova fase da empreitada assim que os mesmos iniciem os trabalhos que serão retomados na próxima semana".
Face à situação vivida pelos trabalhadores afectos à construção do Monumental, que têm salários em atraso entre um e oito meses, a dona da obra considera que a sua proposta "permite solucionar um problema criado pela incapacidade de resposta da Soares da Costa às suas obrigações contratuais, com parceiros e colaboradores".
Uma solução negociada com o Sindicato da Construção de Portugal que, enfatiza a mesma fonte, "procura minimizar a frágil situação económico-financeira em que estes colaboradores e suas famílias se viram involuntariamente envolvidos, permitindo-lhes continuar a sua actividade laboral de forma condigna e com condições justas".
Bastante dura em relação à postura assumida pela líder da ACE que tinha a empreitada a seu cargo, a empresa liderada por Mário Ferreira sustenta que "só a não comparência da administração da Soares da Costa, na pessoa do seu CEO, impossibilitou de todo, precipitando a decisão que a MPH,SA acabou por ser forçada a tomar no passado domingo com a rescisão contratual".
(Notícia actualizada às 18:21)