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Seguranças expulsam trabalhadores da obra Monumental no Porto. Soares da Costa condena actuação
"Em relação aos mais de 100 trabalhadores que têm estado a executar a obra e que ficam sem posto de trabalho a partir deste momento, bem como aos prestadores de bens e serviços, a Soares da Costa tentará encontrar uma solução digna e que vá ao encontro dos seus interesses", diz a construtora em comunicado.
"A Soares da Costa e os trabalhadores da obra em curso denominada "Hotel Monumental" (Porto, avenida dos Aliados) foram confrontados na tarde de hoje, 5 de novembro de 2017, com uma acção violenta por parte de elementos de uma empresa de segurança privada, que supostamente actuavam em nome do proprietário do espaço, a empresa Monumental Palace, SA.", refere a construtora em comunicado enviado às redacções.
Esses elementos, segundo o documento da empresa liderada por Joaquim Fitas, "ocuparam o local da obra e expulsaram os trabalhadores, negando acesso ao local de trabalho".
Esta acção estará relacionada com os acontecimentos mais recentes na obra, nomeadamente uma greve – convocada devido a um atraso de três dias no pagamento de salários – e a ameaça feita na comunicação social de denúncia do contrato de execução da obra do referido hotel, antecipa a Soares da Costa.
A Soares da Costa informa, no mesmo comunicado, que participou à PSP do Porto esta ocorrência.
Além disso, a Soares da Costa "não se revê e lamenta esta atitude, demarca-se em absoluto deste tipo de acção e está a avaliar a situação do ponto de vista jurídico".
"Em relação aos mais de 100 trabalhadores que têm estado a executar a obra e que ficam sem posto de trabalho a partir deste momento, bem como aos prestadores de bens e serviços, a Soares da Costa tentará encontrar uma solução digna e que vá ao encontro dos seus interesses", conclui o comunicado da empresa.
Recorde-se que a Soares da Costa, acusada pelo empresário Mário Ferreira de "desvios" das verbas que o dono da obra adiantou para evitar a suspensão de fornecimentos, serviços e trabalhos na construção do Monumental Palace Hotel, sublinhou na sexta-feira em comunicado que não iria "dirimir conflitos ou interpretações de contratos na praça pública".
Apesar da ressalva, a construtora – que reiterou a intenção de apresentar um novo Plano de Recuperação (PER) ainda este mês – "recusa veementemente a ideia de que poderia ter desviado verbas afectas a determinado contrato para outros fins que não o cumprimento das suas obrigações fiscais, laborais e para com os seus clientes".