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Júri da Portucel considera que só Semapa reúne condições

O júri não hierarquizou as propostas candidatas à compra de 30% da Portucel, mas confirmou o favoritismo da Semapa, dizendo que só esta proposta «preenche as condições» do concurso.

05 de Abril de 2004 às 21:25
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O júri não hierarquizou as propostas candidatas à compra de 30% da Portucel, mas confirmou o favoritismo da Semapa, dizendo que só esta proposta «preenche as condições» do concurso.

Na reunião com os candidatos à Portucel – Cofina, Domtar, Lecta, Mondi e Semapa –, o júri, presidido pelo Inspector-Geral das Finanças interino, Francisco Pires dos Santos, apresentou os pontos que considerava negativos e positivos dos vários candidatos.

Ainda que lhe tenha apontado cinco pontos negativos e alguns positivos, com especial relevância dado ao facto de a Semapa manter o centro de decisão em Portugal e de apoiar a segunda máquina de papel. Além disso, o facto de a Semapa não fazer muitas exigências beneficiou-a positivamente.

Mas aponta como negativo a ausência de projecto estratégico, a falta de experiência de gestão no sector (a Semapa está ligada à área dos cimentos), o risco da Portucel sair do mercado de capitais, o risco de OPA (Oferta Pública de Aquisição) e o facto de não assumir que não aumenta a participação acima dos 30%.

Alguns destes pontos são também apontados como negativos a outras candidaturas. De qualquer forma, todos os candidatos acreditam que a sua proposta é a melhor, pelo que tiveram hoje a oportunidade de explicar ao júri as suas opções. Fonte ligada à Mondi disse ao Canal de Negócios que o júri considerou ser a proposta da empresa sul-africana boa em estratégia industrial, marketing e vendas. A Domtar garante que esteve a explicar ao júri os pontos negativos, alguns dos quais, segundo a empresa, «não tinham sido correctamente interpretados pelo júri». A Cofina e a Lecta apresentam, ontem, uma contestação, nomeadamente pelo facto de o júri não ter considerado os activos propostos por ambas as companhias.

O júri tem até ao próximo dia 8 de Abril para entregar o relatório final ao Governo que depois levará o dossier a conselho de ministros.

(leia mais na edição do Jornal de Negócios)

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