As receitas brutas dos jogos sociais do Estado devem bater um novo recorde no final deste ano, ultrapassando assim o anterior máximo, obtido em 2015, que ascendeu a dois mil milhões de euros.

Segundo os dados cedidos ao JN pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, entre Janeiro e Junho deste ano, os jogos sociais geraram receitas superiores a 1.359 milhões de euros. Caso se mantenha esta performance no segundo semestre, está à vista um novo máximo de receitas para o Estado.

Na base deste acréscimo está o aumento do número de apostas por parte dos portugueses. De acordo com a mesma fonte, os portugueses estão a jogar cada vez mais e cada um gasta, em média, 217 euros por ano neste tipo de jogos.

Desde o ano passado que a Raspadinha é o jogo mais popular, tendo crescido 55% face a 2014 e gerado uma venda bruta de 1.101,5 milhões de euros. Já o Euromilhões registou em 2015 uma venda bruta de 820,5 milhões de euros, menos 10,5% face ao período homólogo, segundo o relatório e contas da SCML, divulgado a 24 de Maio.

Estas tendências e a clivagem entre estas duas modalidades de jogo mantiveram-se nos primeiros seis meses do ano. Até Junho, a chamada lotaria instantânea rendeu 670 milhões de euros, ficando-se pelos 392 milhões de euros no Euromilhões, que, entre outras mudanças, vai passar a custar mais 50 cêntimos por aposta e inclui a participação no "M1lhão", o novo jogo social do Estado que terá o primeiro sorteio a 30 de Setembro.

Entretanto, as apostas para o "novo" Euromilhões começaram já no sábado, 24 de Setembro. O boletim conta agora com mais uma estrela e o valor mínimo do primeiro prémio sobe de 15 para 17 milhões de euros. Já o máximo acumulado do "superjackpot" passa de 100 para 130 milhões.