Notícia
Jerónimo Martins lucra 172 milhões no semestre
O grupo dono do Pingo Doce e da polaca Biedronka terminou o primeiro semestre do ano com vendas de 6,95 mil milhões, a crescer 4,7%.
A companhia Jerónimo Martins SGPS, que opera em Portugal, Polónia e na Colômbia, registou resultados líquidos de 172 milhões de euros no primeiro semestre de 2016, o que significa um aumento de 15,1% face ao primeiro semestre de 2015.
A companhia anunciou ao mercado esta quarta-feira, 27 de Julho, os resultados relativos aos primeiros seis meses do ano, no dia em que confirmou o fecho do acordo para vender a Monterroio, por 310 milhões de euros, à Sociedade Francisco Manuel dos Santos, sua maior accionista (detém 56,1% da JM SGPS). A Monterroio tem como principal activo os 45% da JM SGPS na sociedade industrial Unilever Jerónimo Martins e na Gallo Worlwide, da qual a anglo-holandesa detém os restantes 55% em ambas as "joint-ventures".
No período em análise, a dona das cadeias de retalho alimentar Pingo Doce, Biedronka e Ara obteve um EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 387,8 milhões de euros, mais 6,8% % face a um ano antes. A margem subiu para 5,6%, face a 5,5% um ano antes. O EBIT foi de 242 milhões de euros, mais 11,9% que um ano antes. O "cash flow" no período "foi de 99 milhões de euros, 37,6 milhões de euros acima de igual período do ano anterior".
No final de Junho passado, a dívida líquida "cifrou-se em 274,3 milhões de euros e o ‘gearing’ ficou nos 17,6%", contra 23,5% no final do primeiro semestre de 2015.
O volume de vendas atingido entre Janeiro e Junho de 2016 foi de 6.958 milhões, mais 4,7% face ao obtido no final do primeiro semestre de 2015. O crescimento global das vendas das marcas de distribuição do grupo foi de 6,3% em termos "like for like" (ou o perímetro comparável de lojas, sem aberturas ou encerramentos).
Biedronka faz mais de dois terços das vendas
Do total consolidado pela JM SGPS nos primeiros seis meses do ano, a Biedronka registou 67,2% das vendas, equivalentes a 4.678 milhões de euros. Com uma inflação alimentar a atingir 0,6% nos primeiros seis meses do ano, explica a administração da JM liderada por Pedro Soares dos Santos, as vendas da Biedronka cresceram 9%, em zloty, e 4% em euros. A evolução em "like for like" foi de 8,8%.
"Nos primeiros seis meses, o EBITDA da Biedronka cresceu 7,3% (mais 13,3% em moeda local), para 327,3 milhões de euros". A margem foi de 7%, face a 6,8% um ano antes.
Com 40 aberturas e 14 encerramentos nos primeiros seis meses do ano, a Biedronka fechou Junho com um parque de 2.693 lojas na Polónia.
Ainda naquele mercado, mas desta feita no comércio especializado, a rede de 135 para-farmácias Hebe vendeu 55 milhões de euros, mais 15,4% do que no primeiro semestre de 2015.
Pingo Doce cresce 3,9%
Em Portugal, a cadeia de retalho alimentar Pingo Doce (controlada em 51% pela JM SGPS, através da Jerónimo Martins Retalho, da qual o grupo Ahold/Delhaize detém os restantes 49%) vendeu 1.686 milhões de euros, mais 3,9%.
Em termos "like for like", o crescimento foi de 0,1% com combustíveis. Excluindo o efeito dos combustíveis (onde opera em parceria com a Prio), o Pingo Doce registou um "like for like" de 0,3%.
Na cadeia que terminou o semestre com 404 super e hipermercados Pingo Doce, o EBITDA atingiu 79,1 milhões de euros, mais 3,1% face a igual semestre do ano anterior. A margem foi de 4,7%.
Finalmente, a cadeia grossista Recheio, líder do segmento em Portugal, fechou o semestre com vendas de 407 milhões de euros nas suas 42 unidades. O EBITDA da Recheio foi de 20,4 milhões de euros, com a margem a fechar nos 5% (contra 4,8% um ano antes).
Colômbia já representa 100 milhões
Na apresentação de resultados do semestre, o grupo contabiliza em 102 milhões de euros as vendas da cadeia de lojas de proximidade que lançou em 2013 na Colômbia, a Ara. Face aos 56 milhões obtidos um ano antes, foi um crescimento de 83%.
A JM fechou o semestre com 161 lojas Ara, distribuídas por três regiões do território colombiano.