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Ahold lucra mais 10,3% no último semestre sem a Delhaize
A holandesa Ahold, dona de 49% do Pingo Doce, já se fusionou com a belga Delhaize. Os últimos resultados individuais dão conta de crescimento de 3,7% até 17 de Julho último.
O grupo de distribuição holandês Royal Ahold – detentor de 49% da Jerónimo Martins Retalho (JMR), dona da cadeia de supermercados Pingo Doce – fechou o seu último semestre de contas individuais com um lucro de 450 milhões de euros, anunciou esta quinta-feira, 25 de Agosto. O semestre e segundo trimestre de 2016 terminaram para a Ahold a 17 de Julho.
A Ahold e a belga Delhaize – que também já foi parceira da Jerónimo Martins no retalho alimentar em Portugal – anunciaram, a 24 de Junho de 2015 a fusão das suas actividades. Juntas, as duas empresas representam vendas anuais de mais de 60 mil milhões de euros e um parque de 6.500 lojas – nos EUA, Países Baixos, Bélgica, República Checa, Roménia e Grécia.
Portugal faz parte do portefólio – o logo do Pingo Doce surge nas apresentações do grupo, mas a Ahold considera-o no balanço como activo de retalho não consolidado. É o grupo Jerónimo Martins, com 51% da JMR, que gere a estratégia e a operação da cadeia de supermercados portuguesa.
A fusão entre Ahold e Delhaize foi aprovada pelos respectivos accionistas de ambas a 14 de Março último e tornou-se efectiva a partir de 24 de Julho de 2016. As primeiras contas do novo grupo Ahold Delhaize serão as relativas ao terceiro trimestre de 2016, e serão apresentadas a 17 de Novembro próximo.
Entre Janeiro e 17 de Julho passados, a Ahold, sozinha, realizou vendas líquidas de 20,72 mil milhões de euros, mais 3,7% do que no primeiro semestre de 2015. Os resultados operacionais melhoraram 10,5%, para 715 milhões de euros.
Já a belga Delhaize, também relativo ao primeiro semestre até 17 de Julho, registou um lucro de 227 milhões de euros, mais 69,9%. E obteve receitas no valor de 12,43 mil milhões de euros, mais 4,2%.
Na apresentação feita esta quinta-feira, 25 de Agosto, o grupo Ahold Delhaize reafirmou a expectativa de registar custos, não recorrentes, de 490 milhões de euros até ao final do presente exercício com o processo de fusão. A junção de ambas irá gerar impactos positivos de 30 milhões de euros já no segundo semestre de 2016.