Notícia
Lucro das cotadas desce um terço mas bolsa resiste
Os lucros das cotadas do PSI-20 encolheram 36%. Excluindo a banca, a queda foi de quase 15%. Mas esta evolução já era esperada pelo mercado, o que permitiu um comportamento positivo à bolsa neste período.
As empresas da bolsa portuguesa não tiveram um semestre fácil no que diz respeito a resultados. Com os factores extraordinários que impulsionaram as contas em 2015 a desaparecer, os resultados tiveram quebras expressivas. Mas a bolsa tem resistido à quebra dos lucros.
As 11 cotadas que já foram ao exame dos mercados, responsáveis por 90% do valor de mercado do PSI-20, lucraram 1.085 milhões de euros no primeiro semestre do ano. É uma redução de 36% face aos 1.694 milhões de euros obtidos no mesmo período de 2015. Excluindo BCP e BPI, o resultado acumulado foi de 1.176 milhões de euros, menos 14,6% do que no primeiro semestre do ano passado.
Apesar da descida dos lucros, a bolsa tem resistido. O PSI-20 ganha 1,99% desde o início da época de apresentação de resultados, na passada terça-feira.
A equipa de "research" do BiG explica que este desempenho "decorre de os investidores terem incorporado antecipadamente expectativas de quebra nos resultados". E exemplifica com os factores extraordinários de 2015 na EDP e na REN que prejudicaram a comparação com este semestre, com a evolução do euro/dólar que penalizou as contas da Altri e Navigator ou a queda das margens de refinação da Galp.
Antes da época de resultados arrancar, a média das estimativas apontava para uma quebra de 20% dos resultados acumulados, excluindo a banca. Com a maior parte dos números a sair de acordo com o guião, a equipa de "research" do BiG refere que, "devido ao enquadramento macroeconómico e geopolítico actual, os investidores encontram-se mais atentos às perspectivas futuras apresentadas pelas empresas".
No bolo total dos resultados, as descidas da EDP e da Galp tiveram o maior impacto. No caso da eléctrica, o lucro baixou 115 milhões para 472 milhões de euros. Já a Galp, outra das gigantes nacionais, registou uma quebra de 63 milhões para 247 milhões de euros.
Ainda assim, as acções das duas empresas ganham mais de 1% desde o início da época de resultados. Apesar da quebra dos lucros, a EDP reduziu a dívida líquida em 900 milhões de euros para 16,48 mil milhões de euros no semestre. Esse factor ajudou a dívida líquida acumulada das cotadas nacionais a baixar 700 milhões de euros para 27 mil milhões de euros.
Mas houve cotadas que remaram contra a maré da quebra dos lucros. Foi o caso da Jerónimo Martins que aumentou o resultado em 22,5 milhões para 172 milhões de euros e da Nos, que melhorou o resultado em 3,6 milhões para 51 milhões de euros. Em ambos os casos, a melhoria foi premiada pelo mercado, com as acções a terem o melhor desempenho do PSI-20. Ganham 5,57% e 4,07%, respectivamente.
Também o BPI melhorou os resultados em quase 30 milhões para 106 milhões de euros. Já o BCP teve a pior evolução, passando de lucros de 240,7 milhões de euros na primeira metade de 2015, devido à venda de dívida pública, para perdas de 197 milhões, agravadas pelas maiores provisões.
As 11 cotadas que já foram ao exame dos mercados, responsáveis por 90% do valor de mercado do PSI-20, lucraram 1.085 milhões de euros no primeiro semestre do ano. É uma redução de 36% face aos 1.694 milhões de euros obtidos no mesmo período de 2015. Excluindo BCP e BPI, o resultado acumulado foi de 1.176 milhões de euros, menos 14,6% do que no primeiro semestre do ano passado.
A equipa de "research" do BiG explica que este desempenho "decorre de os investidores terem incorporado antecipadamente expectativas de quebra nos resultados". E exemplifica com os factores extraordinários de 2015 na EDP e na REN que prejudicaram a comparação com este semestre, com a evolução do euro/dólar que penalizou as contas da Altri e Navigator ou a queda das margens de refinação da Galp.
Antes da época de resultados arrancar, a média das estimativas apontava para uma quebra de 20% dos resultados acumulados, excluindo a banca. Com a maior parte dos números a sair de acordo com o guião, a equipa de "research" do BiG refere que, "devido ao enquadramento macroeconómico e geopolítico actual, os investidores encontram-se mais atentos às perspectivas futuras apresentadas pelas empresas".
No bolo total dos resultados, as descidas da EDP e da Galp tiveram o maior impacto. No caso da eléctrica, o lucro baixou 115 milhões para 472 milhões de euros. Já a Galp, outra das gigantes nacionais, registou uma quebra de 63 milhões para 247 milhões de euros.
Ainda assim, as acções das duas empresas ganham mais de 1% desde o início da época de resultados. Apesar da quebra dos lucros, a EDP reduziu a dívida líquida em 900 milhões de euros para 16,48 mil milhões de euros no semestre. Esse factor ajudou a dívida líquida acumulada das cotadas nacionais a baixar 700 milhões de euros para 27 mil milhões de euros.
Mas houve cotadas que remaram contra a maré da quebra dos lucros. Foi o caso da Jerónimo Martins que aumentou o resultado em 22,5 milhões para 172 milhões de euros e da Nos, que melhorou o resultado em 3,6 milhões para 51 milhões de euros. Em ambos os casos, a melhoria foi premiada pelo mercado, com as acções a terem o melhor desempenho do PSI-20. Ganham 5,57% e 4,07%, respectivamente.
Também o BPI melhorou os resultados em quase 30 milhões para 106 milhões de euros. Já o BCP teve a pior evolução, passando de lucros de 240,7 milhões de euros na primeira metade de 2015, devido à venda de dívida pública, para perdas de 197 milhões, agravadas pelas maiores provisões.